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Estado de Minas

Greve dos professores será mantida em Minas, afirma sindicato

Novo reajuste oferecido nesta terça-feira pelo governo do estado é recebido pelos grevistas como medida paliativa, sem garantia do piso nacional


postado em 23/08/2011 19:13 / atualizado em 23/08/2011 20:14

Os professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais afirmaram nesta terça-feira que a greve está mantida, mesmo após o governo anunciar mudanças na remuneração da categoria. “Não tem nenhuma novidade. A perspectiva é de continuidade da greve por tempo indeterminado”, afirmou nesta noite a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute/MG), Beatriz Cerqueira, ao comentar o reajuste de 5% sobre a tabela de subsídio de todos os professores da rede estadual anunciado pelo governo do estado.

“Aumentar o subsídio não é garantir o piso salarial estipulado por lei federal”, enfatizou a líder sindical. Em contrapartida, a secretária de Educação de Minas, Ana Lúcia Gazzola, ressalta que, desde o início do movimento reivindicatório dos professores, o governo se dispôs a discutir alterações no novo modelo de pagamento, já que o antigo, por remuneração do vencimento básico, está em extinção.

 

Sem aulas

 

Há 75 dias os professores decidiram paralisar suas atividades, reivindicando o piso salarial nacional de R$ 1.187,97 para uma jornada de 40 horas semanais. A Secretaria de Estado da Educação afirma que o valor pago em Minas é superior ao piso nacional, sendo a remuneração paga de R$ 1.122 para uma jornada de 24 horas semanais.

 

Em janeiro deste ano, o governo do estado instituiu, por meio da Lei Estadual nº 18.975/2010, o pagamento dos servidores por subsídio. Nesse modelo de pagamento, feito em parcela única, são incorporados no vencimento todos os abonos, gratificações e e vantagens de cada profissional. Desta forma os professores alegam que o piso é ignorado.

Em anúncio feito nesta terça-feira, as Secretarias de Educação e de Planejamento de Minas apresentaram um novo Projeto de Lei, que será encaminhado à Assembleia Legislativa, para corrigir alguns pontos do modelo de pagamento por subsídio. Entre as mudanças se destaca a garantia da não redução de vantagens acumuladas pelo tempo de serviço e um reajuste de 5% a partir de abril de 2012.

A lei que instituiu o pagamento por subsídio já estabelecia reajuste de 5% para os servidores que por ele optassem, retroativo a janeiro de 2011. Assim, a secretaria alega que em abril do ano que vem os professores terão acumulado aumento salarial de 10%. Segundo Beatriz Cerqueira, mesmo somados os reajuste não cobrem a inflação acumulada entre 2010 e 2012.

Uma nova assembleia da categoria está marcada para as 15h desta quarta-feira, quando os professores vão decidir pela continuidade ou não da greve. Porém, a coordenadora do Sind-Ute adianta que como não houve nenhum avanço nas negociações, a paralisação será mantida.

Confira as mudanças propostas pelo governo nesta terça-feira para a remuneração dos professores:


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