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Estado de Minas UMA RESPOSTA DO CORAÇÃO

Minas atinge marca histórica de doação de órgãos

Em 19 anos, Minas amplia o número de doadores de órgãos e chega, em julho, a marca histórica de captação. Resultado é atribuído à "confiança da sociedade no serviço"


postado em 06/08/2011 06:00 / atualizado em 06/08/2011 11:10

O MG Transplantes registrou em julho a maior captação de múltiplos órgãos em sua história. O serviço foi criado em 1992. Foram feitas doações por 23 pessoas. Além disso, enquanto em junho de 2003 eram contabilizadas 3,6 captações a cada milhão de habitantes, no último trimestre a marca chegou a 11 para cada milhão. Há seis centros de captação no estado, com previsão de implantação de mais seis. A expectativa é de que isso ocorra ainda neste ano.

Segundo o diretor do MG Transplantes, Charles Simão Filho, Minas Gerais é o segundo estado que mais realiza transplantes, perdendo apenas para São Paulo. “Esses números são significativos e mostram que a doação acontece quando a sociedade acredita no transplante e na absoluta idoneidade do nosso trabalho, que transforma vidas”.  

No estado, a lista de espera por órgãos tem cerca de 3 mil pessoas. A prioridade de atendimento é para aqueles pacientes cuja situação clínica implique maior urgência. Na fila de córneas, os candidatos hoje aguardam, em média, de seis a sete meses. Em 2006, essa mesma espera era de 20 meses. O percentual de recusa para a autorização da doação, de 15%, é considerado baixo pelo diretor. No mês passado, foram registrados cerca de 100 transplantes de córneas, 34 de rins (contabilizando-se apenas doadores mortos), 13 de fígado, quatro de coração e 2 de pâncreas.

Vida nova

Foi um gesto de solidariedade de uma família que salvou a vida da dona de casa Eva Aparecida de Araújo, de 63 anos. Ela tinha problemas cardíacos e, em 2007, teve o diagnóstico de doença de Chagas. “Meu coração estava tão fraco que meus batimentos eram 18 por minuto. Tinha ainda a falta de ar, cansaço e o inchaço pelo corpo. No início de 2007, tive uma parada cardíaca. Em janeiro, fui e voltei ao hospital três vezes. Retornei em fevereiro e fiquei internada até abril. Um mês antes de voltar para casa, ficava apenas na cama, ligada a três aparelhos que mantinham meu coração funcionando. Olhava a lua pela janela e minha vontade era de fazer coisas simples, como andar e correr na chuva”, lembra.

Ela conta que seu quadro era tão grave que familiares e amigos acharam que ela não resistiria. Em contrapartida, Eva garante que sempre acreditou que tudo ia dar certo. O transplante foi realizado em 19 de maio daquele ano, três meses depois de ter entrado na lista de espera pela doação. “O coração era de uma jovem de 19 anos. Mesmo em um momento de dor, a mãe da jovem doou todos os órgãos da filha, que salvou muitas vidas”. Totalmente recuperada e de volta a uma vida normal, a dona de casa afirma que renasceu. “Agora tenho vontade de ajudar o MG Transplantes nesse trabalho de conscientização das pessoas”.


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