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Estado de Minas

Tecnologia e a história marcam reabertura da Gruta da Lapinha em Lagoa Santa


11/07/2011 07:24 - atualizado 11/07/2011 08:09

Durante o fim de semana, grupo teve uma prévia da atrações esculpidas em milhares de anos e agora com visual renovado
Durante o fim de semana, grupo teve uma prévia da atrações esculpidas em milhares de anos e agora com visual renovado (foto: Renato Weil/EM/D.A Press)
Com capacete e lanternas na mão, passo a passo, o grupo de 20 pessoas desvenda o interior da caverna. Se a natureza a fez bela, o homem a transformou em espetáculo. As 16 milhões de tonalidades na nova iluminação da Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, realçaram, ainda mais, as belezas esculpidas em milhares de anos nos salões. No fim de semana, a visita ocorreu em caráter experimental. Mas, a partir de hoje, o encontro subterrâneo da tecnologia com a história poderá ser conhecido pelo público, com a reabertura depois de mais de um ano em obras.

Foram investidos cerca de R$ 2,5 milhões no projeto desenvolvido, sendo R$ 500 mil apenas em iluminação. Há 30 novas luminárias nos seis salões principais da gruta com sistema de lâmpadas LED (sigla em inglês para diodos emissores de luz), que são 70% mais econômicas.

Quem pôde conferir antes a novidade do cenário não poupou adjetivos diante de tamanho encantamento. Em tons azuis, róseos, amarelos e brancos, as luzes apareciam gradativamente à visita em cada um dos salões de nomes curiosos: Couve-Flor, Cascata, Catedral, Véu da Noiva e Sino. O condutor do grupo explicava o porquê de cada nome – todos inspirados nas formas esculpidas pelo tempo –, além de apontar cada formação, espécie e vestígio encontrado, como conchas marinhas. As crianças, como sempre, eram as mais curiosas, a exemplo de João Caetano Caixeta, de 5 anos. O garoto memorizou logo a diferença entre as formações minerais: “As estalactites são no teto e as estalagmites, no chão”, reafirmou, cheio de si.

Simone Conrado Gomes, levou a família inteira para o passeio, até o mais novo integrante, ainda no aconchego da barriga da mamãe. “Vim aqui quando era garotinha e estou achando ainda mais maravilhoso. É sempre um outro passeio”, contou a mineira.

As escadas de metal que dão acesso a outros pavimentos também ganharam iluminação especial, semelhante à usada em cinemas para sinalizar os degraus. Aliás, a comparação com o universo cinematográfico não fica restrita à estrutura. “Não sabia da existência desta gruta e ela é espetacular, arrasadora! Até hoje, só havia visto belezas assim em filmes”, fascinou-se a professora Eunice Mota Spala, que saiu de São Paulo para visitar o filho e acabou indo à gruta a convite da nora.

O passeio é mesmo programa para toda a família. A nutricionista Patrícia Gomes levou o namorado, Luiz Moreira, e os pais para curtir a nova atração. Dos quatro, só ela já conhecia a Lapinha. Luiz ficou impressionado com a beleza das chamadas “cortinas”. Os pais de Patrícia, de início temerosos, se deixaram seduzir pelas galerias e labirintos. “Estava com receio de entrar por causa do escuro, com medo de cair. Mas tomei coragem e vim, não ia ficar lá fora sozinho enquanto a família toda estava se aventurando. É muito bom, espetacular! Com os guias, a gente confia”, confidenciou Ailton Gomes, de 74 anos. A mulher, Regina Gomes, era só elogios: “Estou deslumbrada, adorando a ideia do passeio. Muito impressionante o que a natureza pode fazer”.

No antiga sistema, as luzes ficavam acesas o dia inteiro, aumentando a temperatura local e interferindo no microclima da gruta. Isso alterava a proliferação de musgos e fungos na caverna, o que afetava as formações minerais. “A caverna tinha tanta iluminação que era muito ‘chapada’, não permitia ao visitante ter noções de profundidade. Fico feliz que o turista chegue, não encontre mais a gruta fechada e saia encantado. A ideia é também promover as trilhas do parque e as atividades da comunidade do entorno”, acrescenta Rogério Tavares, gerente do Parque Estadual do Sumidouro.

Serviço

As visitas à Gruta da Lapinha vão ocorrer das 9h às 16h, em grupos formados por 20 pessoas, sempre com dois monitores. Informações:
(31) 3661-8671.


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