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Estado de Minas

Polícia identifica detento mandante de ataques a ônibus em BH e região metropolitana

Além dos atentados, os criminoso pretendiam explodir viadutos e matar agentes penitenciários


postado em 19/05/2011 18:09 / atualizado em 19/05/2011 19:44

Cleverson Silva de Oliveira, de 26 anos, cumpre pena de mais de 50 anos, na Penitenciária Nelson Hungria(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Cleverson Silva de Oliveira, de 26 anos, cumpre pena de mais de 50 anos, na Penitenciária Nelson Hungria (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
 

A polícia identificou o homem responsável por ser o mandante de vários ataques a ônibus em Belo Horizonte e região metropolitana. O suspeito estava preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, e foi localizado depois que a polícia rastreou ligações telefônicas feitas por ele de dentro da prisão. Além dos atentados os criminosos pretendiam explodir viadutos com uso de dinamites e matar alguns agentes penitenciários. Nesta quinta-feira, ele foi apresentado no Departamento de Operações Especiais (Deoesp).

De acordo com a polícia, Cleverson Silva de Oliveira, de 26 anos, teria comandado a série de ataques. Em uma ligação feita de dentro do presídio e que foi rastreada, o acusado fala para a irmã que quando ela visse uma fogueira santa ( nome dado pelos detentos em alusão aos ônibus incendiados) ela poderia saber que foi ele quem mandou. Cleverson, por outro lado, negou as acusações da polícia. Ele afirmou que ouviu dos outros presos a insatisfação com a mudança de direção da penitenciária Nelson Hungria. Desde a mudança, as famílias dos presos estariam sendo maltratadas pelas agentes penitenciárias que fariam até revista íntima em idosas, o que causava bastante constrangimento, segundo o acusado.

Por conta dessa mudança, os presos pretendiam matar as agentes. Além disso, os detentos também estão insatisfeitos com a regalia de alguns presidiários e com a operação Pente Fino pela qual passou a penitenciária no fim do mês de abril. Durante as ações foram apreendidos celulares, facas e drogas.

No mesmo dia em que terminou a varredura da polícia na Nelson Hungria, dois ônibus, um da linha 6770 e outro da 4405, foram queimados em Contagem e no Bairro Coqueiros, Região Nordeste de BH. De lá para cá, outros nove ônibus foram atacados. De acordo com a polícia pelo menos sete veículos foram a mando dos detentos. No período, foram 13 coletivos incendiados, mas segundo a polícia, dois deles foram moradores que colocaram fogo por outros motivos.

Os atentados eram feitos a mando dos líderes de quadrilhas de diferentes regiões de Belo Horizonte e da Região Metropolitana que estão presos na penitenciária. Por isso,  os atentados aconteciam em diferentes regiões. De acordo com a polícia, nove pessoas que incendiavam os coletivos já foram identificadas. Entre elas estão adolescentes.

Explosão de viadutos

Além dos ataques a ônibus, os detentos pretendiam explodir alguns viadutos. Na semana passada, a Polícia Militar apreendeu mais de 170 bananas de dinamite na Região Oeste de Belo Horizonte. Segundo a polícia, esses explosivos seriam usados para provocar as explosões.

Ficha criminal

Cleverson tem uma longa ficha criminal, seu prontuário tem mais de 17 páginas. Ele cumpre uma pena por mais de 50 anos por crimes como assalto a banco, formação de quadrilha, uso de drogas. Além disso, é acusado de matar o próprio pai.

A primeira vez que foi preso foi em 1997, por assalto a banco. Durante a apresentação, ele afirmou que não tem nenhuma ligação com facções de outros estados.


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