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Estado de Minas

Juiz de Fora cria sistema para conter violências em escolas

Somente este ano foram registradas pelo menos quatro ocorrências na cidade


postado em 10/05/2011 20:24

Mortes, agressões, tiros e pânico em um lugar onde as pessoas vão para aprender e confraternizar: a escola. Os moradores de Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata, estão assustados com o grande número de ocorrências dentro de colégios da cidade. Para tentar coibir a onda de violência a câmara promulgou nesta terça-feira uma lei que pretende diminuir o número de casos.

Chamado de Sistema de Informações sobre Violência, a proposta pretende identificar estabelecimentos de ensino onde ocorrem conduta ou atos de violência, as principais causas e o perfil das vítimas e agressores. Com os dados, que serão sistematizados e analisados, serão feitas ações sociais, políticas públicas de prevenção, estudos e pesquisas para reduzir e acabar com os problemas. As ações sociais serão intensificadas nos locais mais violentos.

Entre as medidas estão a implantação de projetos pedagógicos pelo reconhecimento dos direitos humanos e promoção da cultura da paz, campanhas educativas de conscientização, valorização da vida e do exercício da cidadania, ações culturais, esportivas e sociais, além de debates.

Somente este ano, foram registradas pelo menos quatro ocorrências foram registradas em escolas de Juiz de Fora. Em 27 de abril uma adolescente, de 16 anos, foi agredida a facadas quando seguia para a escola, no Bairro Benfica. De acordo com a Polícia Militar, A.C.F. S se envolveu numa briga com C.C. A, de 17 anos, e R. A. S., de 16. Elas tinham desavenças e uma discussão acabou em luta corporal. A jovem de 17 anos golpeou a colega com uma facada nas costas. A jovem teve o pulmão perfurado. As outras duas adolescentes foram apreendidas e encaminhadas para a delegacia da cidade.

Em março deste ano, um estudante de 16 anos morreu depois de ser esfaqueado dentro de uma escola na mesma cidade. O adolescente foi agredido dentro da Escola Estadual Estêvão de Oliveira por um colega. Segundo a PM, a vítima teria se envolvido em uma briga com outro aluno, da mesma série do ensino médio. No horário da saída, o agressor, também menor de idade, se aproximou do colega e o atingiu com três facadas no tórax.

Outros casos de 2011:

No dia 17 de março um garoto de 14 anos levou um revólver do pai, que é militar, para a sala de aula. Depois de desentender com um colega ele sacou a arma e, num momento de descuido, aconteceu o disparo. O tiro não acertou ninguém, mas o pânico foi geral. A ocorrência foi na Escola Estadual Professora Amélia Guimarães, no Bairro Pirajá, Região Nordeste de Belo Horizonte.

No dia 21 de março mais um adolescente disparou uma arma de fogo em sala de aula na capital. Desta vez a ocorrência foi no Bairro Jardim Felicidade, na Região Norte. Um garoto de 16 anos foi armado para a Escola Estadual Carlos Drumond de Andrade. Um funcionário da escola ouviu um barulho parecido com tiro e foi verificar. Ao chegar na sala de aula, viu o estudante guardando um objeto na mochila. O adolescente foi levado imediatamente à sala da diretoria para aguardar a chegada da PM. Ao revistar o adolescente, militares encontraram um revólver com cinco cartuchos intactos. O menor alegou que a arma era de um desconhecido e que o suposto dono iria pegá-la no fim da aula.


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