A Prefeitura de Betim, na Grande Belo Horizonte, e o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação em Minas Gerais de Betim (SindUTE-Betim) vivem um impasse. Desde 24 de março, a categoria protagoniza uma série de manifestações na cidade por reivindicação salarial. A prefeitura já concedeu o reajuste de 5% – sendo 2% pagos quinta-feira e mais 3% garantidos a partir de janeiro de 2012 –, que, segundo a administração municipal, permitirá melhoria no salário dos professores sem causar prejuízo ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Cerca de 50 mil estudantes, de 69 escolas, estão prejudicados, pois estão sem aulas.
Mesmo com o reajuste aprovado na Câmara Municipal e o apelo da prefeitura para que os professores retornem às atividades, alguns insistem na paralisação. O SindUTE-Betim alega que outros pontos de reivindicação precisam ser atendidos, como a volta do plano de carreira e o fim da terceirização. Segundo a diretora do sindicato Denise Romando, a remuneração é feita de maneira diferenciada. “Contagem, por exemplo, pratica o mesmo salário para todos os níveis. Lá, o professor P1 ganha inicialmente cerca de R$ 1.400 e, em Betim, a mesma categoria recebe R$ 754.” Em nota, a prefeitura informou que, em 2009, todos os servidores tiveram ganho real em relação à inflação e, em 2010, o índice foi reposto.