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Estado de Minas

História do EM é acompanhada de destacados nomes da literatura e do pensamento


postado em 27/03/2011 07:00 / atualizado em 27/03/2011 07:11

Da máquina de escrever ao computador, grandes nomes do jornalismo, literatura e política brasileira passaram pelas páginas do Estado de Minas. Transformando ideias em palavras, deixaram a sua marca no jornal os escritores Rubem Braga (1913-1990), Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Fernando Sabino (1923-2004), Cecília Meireles (1901-1964), Roberto Drummond (1939-2002), Manuel Bandeira (1886-1968), Raquel de Queiroz (1910-2003) e até o presidente Tancredo Neves (1910-1985), então um jovem de 19 anos, entre outros. A tradição nos textos continua hoje com o compositor Fernando Brant, a cantora Fernanda Takai, o dramaturgo Alcione Araújo, os escritores Frei Betto e Affonso Romano de Sant’Anna e os jornalistas Cyro Siqueira e Carlos Herculano Lopes, também escritor.

Mineiro de Itabira, Carlos Drummond de Andrade foi cronista durante dois períodos – primeiro, em 1934, antes de se mudar com a família para o Rio de Janeiro (RJ), e depois, numa fase mais longa (1969-1984), ao publicar três crônicas semanais. Sobre essas lembranças, registrou na crônica Um parente que faz 50 anos, publicada em março de 1978, no cinquentenário do jornal: “Foi um tempo bom para mim esse na redação da Avenida Afonso Pena, por cima da Casa Gagliardi, que me botava de novo no ambiente de que sempre gostei: o jornal. Se fui funcionário público a vida inteira, a verdade é que meu gosto nunca teria sido mais do que jornalista, com prazer e honra”. Em sua primeira crônica publicada no jornal, Conheço um paiz (sic), em 28 de outubro de 1934, Drummond já mostrava a sua preocupação com a natureza e os seus descaminhos.

Natural de Belo Horizonte, Fernando Sabino também marcou presença em diferentes épocas. Em julho de 2001, quando retornou ao jornal publicando quinzenalmente crônicas no EM Cultura, confessou: ”Estou me sentindo como aquele escritor mocinho e serelepe, indo levar minha crônica na redação”. O espaço, sempre às segundas-feiras, era dividido com Alcione Araújo – quando Sabino abandonou de vez o posto, em maio do ano seguinte, Araújo o assumiu integralmente. Muito antes dessa última e curta participação no jornal, Sabino escrevera para a coluna Dito e feito, publicada nas décadas de 1970 e 1980 no Caderno Feminino. Com a sua
saída, a escritora Rachel de Queiroz (1910-2003) ocupou o espaço até abril de 2003.

Outro grande autor e jornalista mineiro que trabalhou no jornal, também em diferentes épocas, foi Roberto Drummond. O destaque da sua primeira passagem, que durou 25 anos, foi a crônica esportiva, na coluna Bola na marca, assumida por ele em 1969. Além de cronista, Roberto Drummond foi repórter, vencendo dois prêmios Esso na década de 1960, e subeditor dos cadernos Segunda Seção e Turismo. Voltaria em janeiro de 2001, escrevendo tanto para o EM Cultura quanto para o Esportes.

Em seus primeiros anos, o EM reuniu boa parte da geração de escritores que despontava nos anos 1930. Um deles foi Rubem Braga, ainda sem completar 20 anos e que se firmara como cronista, no primeiros dos vários jornais em que trabalhou. Outro nome de destaque foi Cyro dos Anjos, mineiro de Montes Claros, no Norte de Minas. Antes de lançar a sua obra mais importante – O amanuense Belmiro –, em 1937, ele já escrevia no jornal. Publicou suas crônicas de forma descontínua, embora sempre presente, até meados da década de 1950.


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