
A paralisação de advertência dos médicos da Prefeitura de Belo Horizonte – que começou na manhã desta quarta-feira e vai até as 7h de quinta – não teve a adesão esperada pelo Sindicado dos Médicos de Minas Gerais (Sindmed-MG). Dos 2,5 mil profissionais da capital, 80%, segundo o sindicato, haviam garantido na terça-feira que iriam cruzar os braços em protesto por melhores salários e condições de trabalho.
No entanto, em Centros de Saúde visitados pelo Estado de Minas, nas regiões Leste e Centro-Sul, o atendimento estava normal. Apenas na unidade do Bairro Paraíso, na Avenida Mem de Sá, os médicos não compareceram, revoltando quem precisava de atendimento. A informação é que muitos desses profissionais trabalham por contratos administrativos e não aderiram ao movimento com medo de retaliações.
Na unidade Santa Rita de Cássia, no Bairro São Pedro, Região Centro-Sul, a reclamação era da farmácia fechada, mas, segundo funcionários, foi para fazer um inventário dos medicamentos. Uma médica da clínica geral faltou, mas outros da mesma especialidade, além de ginecologista e pediatra, trabalharam normalmente.
A assessoria de imprensa do Sinmed-MG informou que os diretores estão reunidos, nesta manhã, para fazer um balanço da paralisação. Disse, ainda, que o atendimento médico foi suspenso nos centros de saúde dos bairros Dom Bosco e Guarani, devido à paralisação de advertência.
Ainda de acordo com o Sinmed, somente serão atendidas urgências e emergências. A pauta de reivindicações da categoria, relativa à campanha de 2011, já está com o prefeito Marcio Lacerda desde o final do ano passado, mas o sindicato reclama que não obteve resposta.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que respeita os direitos de paralisação e advertência dos médicos, mas que considera legítimo o direito do cidadão ao atendimento na rede pública. Disse, ainda, que espera que os médicos assegurem o atendimento na escala mínima e que está aberta a negociações com a categoria. Uma nova reunião com o sindicato está sendo agendada para esta quarta.
