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Estado de Minas CARNAVAL 2011

Apenas quatro das 12 escolas de samba de BH confirmam presença para desfiles no Centro


postado em 23/02/2011 07:33

A 10 dias do carnaval, evento que consome R$ 1,5 milhão dos cofres de Belo Horizonte, apenas quatro das 12 escolas de samba da capital confirmaram participação nos desfiles e três já anunciaram estar fora da folia. Apesar de o prazo de inscrições das agremiações se encerrar amanhã, a Associação Cultural Samba 10, representante dos grupos, assegura a presença das outras cinco escolas no Bulevar Arrudas, que, pela primeira vez, vai se transformar na passarela do samba de BH. De acordo com o presidente da entidade, Luiz Carlos Novais, as pendentes correm contra o tempo para regularizar a documentação exigida pela Belotur no novo regulamento do evento, publicado semana passada.

Diante da lacuna aberta na programação de desfiles do carnaval de BH, com a ausência dos grêmios recreativos Inconfidência Mineira, Unidos do Onça e Galoucura, a Samba 10 estuda a participação de escolas de samba de Sabará, na Grande BH, na festa belo-horizontina. A opção, no entanto, é descartada pela Belotur, que cogita remanejar os nove blocos caricatos confirmados e as escolas de samba que até o fim da semana efetivarem a inscrição. O objetivo é garantir o equilíbrio no tempo dos desfiles, que ocorrem de 5 a 7 de março no Bulevar Arrudas, em frente à Praça da Estação, no Centro da capital.

Dificuldades financeiras e a falta de incentivo são os motivos alegados pelas escolas de samba que optaram por não desfilar este ano. De um total de R$ 1,5 milhão investido pela prefeitura no carnaval, R$ 195 mil são destinados ao auxílio financeiro dos blocos caricatos e agremiações, valor irrisório na avaliação de Luiz Carlos. “O custo para as escolas é de aproximadamente R$ 70 mil. Quem acaba arcando com o prejuízo é o presidente de cada instituição”, afirma, ressaltando que a maior parte dos gastos públicos é voltada para a montagem da infraestrutura. Apenas para a instalação de arquibancadas e demais estruturas do carnaval foram destinados R$ 320 mil, conforme pregão publicado ontem no Diário Oficial do Município (DOM).

Fundada há 60 anos e em atividade até o ano passado, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Inconfidência Mineira, mais antigo de BH, do Bairro Concórdia, na Região Nordeste da capital, não mostrará samba na avenida. “Gostaríamos muito de participar, principalmente porque o carnaval voltou para o Centro. Mas, infelizmente, não há incentivo e não conseguimos patrocínio. No ano passado, tive um prejuízo de mais de R$ 8 mil. Geralmente, o dinheiro da prefeitura demora muito a ser liberado e não se faz desfile com um mês de preparação”, critica o presidente da escola, Edson José de Alcântara, destacando que a escola não conseguiu atender as exigências impostas no novo regulamento.

Sem samba

As novas regras para participar da festa momesca são o principal empecilho para o atraso das inscrições, que tiveram o prazo prorrogado do dia 18 para sexta-feira. De acordo com o regulamento, publicado em 15 de fevereiro, as escolas ficam obrigadas a entregar, além do samba-enredo e estatuto da agremiação, uma série de certidões negativas, comprovando o pagamento de uma série de impostos. Esse é o requisito para que os grupos recebam o auxílio financeiro, repassado anteriormente diretamente pela Samba 10. Até ontem, apenas a campeã Chame-Chame e a vice-campeã Acadêmicos de Venda Nova, além da Imperatriz de Venda Nova e a Estrela do Vale haviam se inscrito.

“Com as novas exigências, escolas têm encontrado dificuldade, porque não recolhem impostos há mais de cinco anos. O jeito é arrumar um jeito de quitar ou financiar a dívida. O mais difícil, é que essa documentação foi exigida de última hora”, diz Luiz Carlos. “Isso é complicado, apesar de sermos entidades sem fins lucrativos e de trabalharmos apenas de janeiro a março, temos que pagar impostos como qualquer empresa”, completa o presidente da Samba 10, garantindo a participação das cinco escolas pendentes na avenida e confiante na beleza da festa.

Segundo a Belotur, apesar da publicação do regulamento na semana passada, desde janeiro as agremiações já estariam a par das mudanças. A empresa de turismo também afirma que a verba destinada aos blocos e agremiações são auxílios financeiros e cada in


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