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Estado de Minas

Restaurante de BH promoveu ceia de Natal

Refeição saborosa, com pitadas de solidariedade e distribuição de presentes, já acontece há 15 anos


postado em 26/12/2008 09:49 / atualizado em 08/01/2010 03:54

Beto Novaes/EM/D.A Press
Mário de Assis, que vestiu a fantasia do Bom Velhinho pelo 11º ano, levou 40 voluntários, 3,5 mil lembranças e esbanjou muita alegria
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Uma ceia de Natal para 3 mil convidados. Comida farta e variada e o melhor da música popular brasileira ao vivo, com direito a Papai Noel e a muitos presentes. Ontem, moradores de Belo Horizonte e da região metropolitana enfrentaram uma fila imensa para o tradicional almoço de Natal do Restaurante Popular da Avenida do Contorno, no Centro da capital. Pelo 15º ano, as portas se abriram para acolher e celebrar, como uma grande família, o nascimento de Cristo. No menu, uma refeição gostosa e balanceada por nutricionistas: arroz branco, tutu de feijão, lombo assado ao molho de laranja, maionese de legumes, salada de alface, suco de fruta natural e sobremesa. Na saída, a distribuição de carrinhos, bonecas e pipocas completaram a alegria da criançada.

Para preparar o cardápio foram gastos 300kg de arroz, 600kg de lombo de porco, 90kg de feijão, 50kg de paio, 50kg de bacon, 50kg de farinha de mandioca, 60 dúzias de ovos, 8kg de massa de tomate, 3kg de salsa, 3kg de cebolinha, duas caixas de laranja, 120kg de alface, 200kg de batata, 200kg de cenoura, 15kg de milho verde, 15kg de ervilha, 45kg de maionese, 60kg de polpa de fruta e 30kg de açúcar. Duzentos voluntários garantiram o sucesso da festa, trabalhando no salão, na cozinha e na limpeza, distribuindo presentes, cantando e fotografando o evento. “A maior festa popular de BH, sem dúvida, é essa. O objetivo do Natal sem Fome é acolher as pessoas, suprindo a população humilde de alimento e carinho”, afirmou o gerente da rede de Restaurantes Populares, Carlos Henrique Siqueira.

Para a família da doméstica Édna Silva Ludgero, de 30 anos, o almoço foi a garantia de uma grande festa. Ela saiu do Bairro São Joaquim, em Contagem, especialmente para o evento, com o marido e os cinco filhos. “Ontem (anteontem) fizemos uma ceia simples em casa porque o dinheiro está curto, mas hoje a comemoração é em grande estilo”, disse. Os garotos Caíque, de 5, e Simeone, de 9, se divertiram com o Papai Noel, que só conheciam pela televisão. “Pedi um carrinho de controle remoto, mas vou ficar feliz com qualquer coisa que ganhar”, disse Caíque.

A cozinheira Vanusa Rita da Silva, de 33, moradora do Bairro Serrano, na Pampulha, aprovou o cardápio. Ao lado do filho Thiago, de 4, aproveitou cada detalhe: “Fui à missa na noite do dia 24, dormi e acordei cedo para vir para cá. Fiquei desanimada com o tamanho da fila e quase desisti, mas valeu a pena”. Para a desempregada Luciana Pereira da Silva, de 27, o almoço foi a oportunidade de fazer a alegria do pequeno Iago, de 1 ano e 7 meses, que ganhou um carrinho do Papai Noel. A caixa Valdene Matoso de Oliveira, de 41, passeava pelo Centro e resolveu almoçar no Popular. A filha, Maria Luíza, que ganhou uma bicicleta do pai, aumentou o rol de presentes com a boneca recebida na saída do almoço.

A garotinha Natalie Mendes Ferreira, de 4, teve direito até a comida na boca, diretamente do Papai Noel. Assim como ela, crianças e adultos se encantaram com a magia do personagem, representado por Mário de Assis, de 49, que vestiu a fantasia do Bom Velhinho no almoço de Natal pelo 11º ano. Ele é presidente da Federação de Pais e Alunos das Escolas Públicas de Minas Gerais (Fapaemg), que levou 40 voluntários e 3,5 mil presentes. Aproveitou a oportunidade para falar aos convidados sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Idoso. Diversos casos, como de adolescentes grávidas e famílias que precisam de cestas básicas, são observados todos os anos e encaminhados à sede da federação, na Rua Goitacazes, 43/ 1.502, no Centro de BH. “A maioria que vem ao almoço é andarilho ou gente muito pobre. Em 11 anos, nunca vi um prefeito aqui. Se fossem pessoas com cidadania regular, aposto que estaria cheio de vereadores pedindo voto. Mas continuamos, pois nosso desafio é com Deus, por um Natal sem fome e de paz.”


O objetivo do Natal sem Fome é acolher as pessoas, suprindo a população humilde de alimento e carinho

Carlos Henrique Siqueira, gerente da rede de Restaurantes Populares


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