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Estado de Minas

Soluções fáceis para trechos ruins


postado em 30/11/2008 09:33 / atualizado em 08/01/2010 03:59


O Estado de Minas convidou um especialista para percorrer os cinco pontos mais críticos e apontar as principais causas, seja por erros de geometria, falta de sinalização, falha de engenharia de tráfego e infra-estrutura, ou seja, ainda, por simples imprudência dos motoristas. O professor e consultor em engenharia de tráfego, doutorando na área de transportes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Frederico Rodrigues, avaliou os trechos em questão e propôs mudanças para minimizar o quadro. São pequenas obras viárias de baixo ou médio custo (veja arte).

O km 470, da BR-381, sobre o viaduto da Avenida Pedro II, no Anel Rodoviário, é apontado como o campeão de acidentes na via. A média é superior a um a cada três dias. A imprudência é apontada como o principal fator para a fama negativa, segundo o especialista. A associação de pista plana, bem sinalizada e com boas condições de asfalto, somada à falta de aparelhos para controle de velocidade, induz o motorista a acelerar sem medo. O trecho permite 70km/h, mas a percepção de velocidade no local é muito superior, a poucos metros dali uma lombada eletrônica segue desligada desde o ano passado.

Para maior complicação, a curva logo adiante, com três pistas, na entrada do viaduto, se transforma em duas. "A instalação de radares móveis com a divulgação do funcionamento pode inibir os imprudentes. E, para todos os acessos do Anel, o ideal seria a criação de uma marginal por todo o Anel, para minimizar o impacto com vias urbanizadas, pois a cidade cresceu e englobou vias de tráfego livre e rápido, o que gera conflito com o trânsito lindeiro, de bairros e avenidas, menos veloz", afirma o especialista.

Na BR-040, sentido Brasília, está o único dos cinco trechos no qual as condições do asfalto são ruins. A irregularidade do piso, buracos e a pouca visibilidade, causada pelo matagal às margens de toda a rodovia, fazem do km 532 o segundo na lista dos pontos críticos mineiros. A ocupação lindeira dos dois lados da rodovia, sem marginal de acesso, obriga o motorista a sair de uma via lenta para entrar em outra rápida, também proporcionando conflito de velocidades e, além disso, os moradores e funcionários de empresas das proximidades atravessam em meio aos carros, por causa da inexistência de passarelas. "O conflito de velocidades distintas é um potencial gerador de acidentes", diz Rodrigues. Além disso, a faixa da direita está em pior estado em relação à da esquerda e, segundo ele, isso pode estimular o motorista mudar de faixa repentinamente, o que aumenta o risco de colisões.

Às margens do Anel Rodoviário, no viaduto da Avenida Amazonas, no Bairro Madre Gertrudes, imagens de Nossa Senhora Aparecida abençoam a passagem dos motoristas. Mas nem mesmo as graças das esculturas da padroeira dos caminhoneiros, feitas de gesso e água, com cada detalhe pintado milimetricamente, conseguem tirar do km 476 da BR-381 o título de segundo ponto com maior concentração de acidentes. “Antes, era muito pior. Os vizinhos dizem que depois da nossa chegada, há dois anos, reduziu consideravelmente o número de ocorrências, mas é triste ver o que acontece, diariamente, por aqui”, conta Shirley Gomes, de 43 anos, que vende produtos feitos pelo marido.

Lá, foram identificadas duas falhas na configuração da geometria. A mais grave está no acesso, para quem vem da Avenida Amazonas, poucos metros antes do viaduto. A terceira faixa acaba na entrada e o motoristas que segue para o Anel precisa fazer acrobacia com o carro para, em cerca de 50 metros, transpor duas faixas. Caso contrário, precisa parar à margem do viaduto e esperar brechas no fluxo para seguir. A solução: a instalação de zebrado e tachão, que tornará a manobra mais segura para quem vem da alça. Ou, se possível, a continuidade da terceira faixa sobre o viaduto, o que requereria mais gastos.

Por causa da topografia, a visibilidade ao entrar no Anel é prejudicada e o motorista só tem visão completa do fluxo ao chegar à via. Por isso, é preciso aumentar a distância até o viaduto, dando maior comprimento para a alça.


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