(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Diagnóstico mostra formação deficiente


postado em 27/10/2008 08:50 / atualizado em 08/01/2010 04:08


O diagnóstico do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que aponta a formação dos professores como a segunda maior deficiência da rede pública, joga ainda mais luz sobre o principal desafio do ensino: a qualidade. Há 50 anos, apenas 40% das crianças com idade entre 6 e 14 anos tinham vaga garantida na escola. Hoje, são 97%, segundo o MEC. Os números não deixam dúvida sobre o aumento do acesso ao conhecimento, mas não respondem às perguntas sobre o aprendizado dos alunos.

“Sem dúvida, o país melhorou muito o número de crianças matriculadas. O problema é que ainda não sabemos como ter uma escola que receba e ensine a todos. A discussão tem que ir para um projeto pedagógico mais profundo e contemporâneo, porque não se pode dar aos alunos de 2008 o mesmo currículo ofertado em 1960. A missão é que todos aprendam”, afirma a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.

Segundo ela, o primeiro passo para que o Brasil consiga atingir as metas do PDE – entre elas o combate à repetência a à evasão escolar, a alfabetização de crianças até os 8 anos de idade, a valorização dos profissionais e a montagem de laboratórios de informática conectados à internet em todas as unidades de ensino – é ouvir mais as demandas da escola. “Temos que respeitar mais as instituições e também o trabalho do professor, que em sua maioria faz um trabalho muito sério. A gente tem que dar mais autonomia para a escola, porque ela identifica mais rapidamente os problemas e as dificuldades e precisa de mais competência para dar as soluções”, acrescenta Maria do Pilar.

CARÊNCIA Segundo levantamento do MEC, faltam 246 mil professores na rede pública brasileira de educação. Em Minas, um estudo feito pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao governo federal, indica que um terço dos docentes não têm habilitação específica para a disciplina em que lecionam, ou seja, 34% dos profissionais são formados em uma área e atuam em outra. Os casos mais críticos são de física e química, com 55% e 43%, respectivamente, dos profissionais sem a formação necessária nas salas de aula.

A Secretaria de Estado de Educação estuda implantar um programa para oferecer a segunda habilitação aos professores que já têm curso superior. Hoje, 90% dos profissionais da rede estadual são graduados, sendo 26% deles com título de pós-graduação, mestrado ou doutorado. “A proposta é criar cursos complementares, de um ano a um ano e meio de duração, para que o professor esteja apto a lecionar uma segunda disciplina. A universidade forma profissionais especialistas e queremos que o professor de história, por exemplo, também consiga dar aula de geografia na educação básica. Vamos fechar parceria com instituições de ensino superior para montarmos os cursos presenciais e a distância”, conta a secretária de Estado de Educação, Vanessa Guimarães.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)