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Estado de Minas America Latina

Abrindo os horizontes

Semana de moda Colombiana apresenta novas ideias sobre a indústria fashion e faz desfile plus size pela primeira vez


11/09/2022 04:00

Zunilda Gutierrez
Zunilda Gutierrez (foto: colombiatex/divulgação)

 
A sobrevivência depende da capacidade de se adaptar. Essa é um lei biológica que pode ser aplicada a muitas outras áreas, como os negócios e a moda. E foi a primeira impressão que nos causou a 28ª Colombiamoda, realizada no fim de agosto, em Medellín, segunda maior cidade do país.
 
Muito além de uma fashion week, o evento sedia uma grande feira de negócios têxteis e conferências de marketing e novas ideias sobre a indústria fashion. O foco em business e tendências de moda centrada em agradar ao consumidor interno é evidente e garante a sustentabilidade do evento, organizado pela Inexmoda, organismo privado que conecta universidades, designers de moda, governo e fabricantes.
 
Terno vermelho
Lapetit (foto: colombiatex/divulgação)
 
 
Após 28 anos, essa edição deu um passo histórico para sua adaptação aos novos tempo e realizou, pela primeira vez, um desfile de moda plus size. O fashion show Elena Plus Size Clouthing ocorreu dia 25, em uma passarela alternativa chamada Cubo, através do projeto Épica: Desafio de Inovação. Apesar de estar no mercado há 30 anos, só agora a marca pôde desfilar no evento de moda mais importante do país. A coleção apostou em jeanswear com lycra, usou cartela de cores escuras e camisetas com frases de empoderamento.
 
Vestido branco
Paz Consciente (foto: colombiatex/divulgação)
 
 
A grife de lingerie Leonisa, que costuma ter um casting formado apenas com modelos no nível das que fazem os shows da Victoria Secret e tem a top brasileira Isabeli Fontana como garota-propaganda, apostou pela primeira vez em modelos curvilíneas para se aproximar mais do corpo das suas consumidoras. Um avanço para a marca, que precisou realizar dois desfiles, tamanha a popularidade e o interesse das pessoas em ver seus lançamentos.
 
Estampado
Scaled (foto: colombiatex/divulgação)
 

raízes culturais Um dos momentos mais bonitos foi a apresentação do projeto Vivemos Pacificamente, encabeçado pelo estilista Juan Pablo Socarrás. A coleção é um mergulho nas raízes culturais colombianas, um exercício criativo em torno de tecidos naturais e técnicas artesanais. Todos os envolvidos são artesãos, costureiras e empresários de áreas em conflito na Colômbia e apoiados pelo Ministério do Comércio, Indústria e Turismo. Eles usam a moda como plataforma de expressão e superação dos danos causados por anos de confrontos entre o governo, milícias paramilitares e narcotraficantes.
 
Colorido
Natuse (foto: colombiatex/divulgação)
 
 
Os babados não reinam absolutos apenas por aqui. As colombianas amam babados e eles foram unanimidade nas passarelas. As melhores opções foram as em alfaiataria ou combinadas com outras peças menos românticas. A designer Alexandra Bueno investiu em tops com efeito peplum sobrepostos por maxicolete em jeans destroyed, afinando a silhueta e dando um tom mais moderno à produção. Maria Elena Vilamil, que encerrou a semana de moda, optou pelo extremo romantismo em seus vestidos fluidos florais ricos em babados, mas contrabalançou com peças estruturadas.

estampados  A moda masculina não ficou em segundo plano na Colombiamoda. E os pontos mais altos foram as peças com efeito metalizado, vistas no desfile de Christian Colorado para o inverno e nos conjuntos estampados em seda do verão do estilista Andrés Pajon, que além da calça e camisa combinadas, ainda apostou em uma segunda pele com mesmo print.
 
A marca de tricô Pepa Pombo, que abriu a semana de moda, brincou com as transparências de dois tops sobrepostos com comprimentos diferentes. A Atelier Crump, especializada em alfaiataria, propôs uma sobreposição inusitada com transparências para o verão, que ficou muito chique: um conjunto de saia e blusa com outra saia mais curta em material plástico por cima.
 
Nos acessórios, o artesanato estava muito presente em designer mais arrojado e sofisticado, como fez a Vivemos Pacificamente com seus maxicolares de miçangas, que fazem as vezes de gola, ou nas bolsas em palha com formatos lúdicos, como peixes, de María Luisa Ortiz.
 
Os decotes foram vertiginosos e iam até abaixo do umbigo, inclusive na moda praia da jovem marca Puntamar, em bodies prontos para ir à festa depois da praia. A sugestão para não ser vulgar veio bem definida na passarela: tops com tecidos nobres associados a pantalonas muito bem modeladas.
 
 


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