(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas Arte final

Marcas ativam plano B para "desfilar" nas casas dos consumidores


20/02/2022 04:00

carnaval de rua
Sem o carnaval de rua, o carnaval vai acumular mais um ano de perdas em Belo Horizonte (foto: PBH/Divulgação )

 
"Este ano não vai ser igual àquele que passou..." Nem tanto! O mercado de entretenimento esperava faturar no carnaval de 2022. A preocupante Ômicron, os cancelamentos já oficializados, pelo segundo ano consecutivo a folia momesca não vai invadir as ruas das principais capitais do país. Com isso, o setor está desesperado pelo grande prejuízo financeiro acumulado deste o início da pandemia. Para evitar prejuízo maior, as marcas acionam seus planos B para driblarem as restrições e recomendações sanitárias. Algumas ações já estão ativadas, o que eleva a expectativa de que o período possa movimentar cerca de R$ 64,5 bilhões, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento prevê aumento de receitas de 21,5% devido aos locais onde haverá feriado ou ponto facultativo, mas longe dos 33,7% do carnaval de 2020,  último antes de a pandemia ser decretada. Na geração de mão de obra, a demanda por serviços turísticos gerou 16,5 mil postos de trabalho temporários entre janeiro e fevereiro deste ano, quase o dobro de 2021, também de acordo com a CNC. O número ainda é 38% inferior ao registrado no último carnaval antes da pandemia, quando foram oferecidas 26,3 mil vagas.

CRIATIVIDADE O setor de bebidas, que representa grande faturamento no período de carnaval, repensa suas estratégias para manter o ânimo dos consumidores. O jeito é incentivar com criatividade o carnaval em casa. A Beats (Skol) convocou Anitta e fez parceria com Zé Delivery e a marca Quem Disse Berenice?, do Grupo Boticário, e com a Studio 35, para criar uma linha de esmalte inspirada nos drinques. E para manter o engajamento, oferece aos consumidores maiores de 18 anos, com ciclo vacinal completo, a possibilidade de receberem um Ice Pop de Beats em casa. Outras grandes marcas como Crefisa, Unilever, Vigor, Extra, Sanofi e alguns bancos, que fazem investimentos pesados nos desfiles de rua televisivos, buscam alternativas de anunciar nos eventos fechados, nas ações promocionais e em conteúdos que tratam o momento com responsabilidade. 
 
REFLEXOS O segundo ano de carnaval atípico no Brasil provoca outros reflexos na atividade econômica de vários setores. Mas um deles sofre mais: o turismo. O setor até apresenta melhora em relação a 2021, mas longe de retomar ao patamar pré-crise. A previsão para o turismo é de R$ 6,45 bilhões, estimativa 21,5% superior aos R$ 5,31 bilhões do ano passado. No carnaval de 2020, o faturamento foi de R$ 9,74 bilhões. O cálculo (descontada a inflação) tem como base os negócios de atividades como hospedagem, alimentação fora de casa e transporte aéreo.

EXPECTATIVA Com o cancelamento dos eventos de rua oficiais nas principais cidades turísticas mineiras, as atividades ficam restritas aos estabelecimentos comerciais privados. Ouro Preto, Tiradentes, Sabará e outros municípios históricos, mesmo com a vacinação avançada, entendem que ainda não é o momento de eventos que provoquem grandes comemorações. As cidades, porém, estão preparadas para receber os turistas, o que alimenta a esperança da rede hoteleira em melhorar o faturamento. Só que o setor prevê queda de 30% na ocupação dos hotéis dos principais destinos de folia. Companhias aéreas, bares e restaurantes relatam dificuldades desde as festas de fim de ano.

INFLAÇÃO Junte-se a todos os problemas o aumento nos preços nas mercadorias do período. Apesar de variação inferior ao da prévia da inflação oficial (11,3%), os preços médios de bens e serviços para o carnaval 2022 previstos ficarão 9,8% mais elevados. É a maior variação da cesta de itens desde 2016, conforme estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os aumentos são maiores nos produtos do famoso churrasco, como carnes (12,9%), bebidas (12,8%), refrigerante e água mineral (10%), cerveja (5,9%), outras bebidas alcoólicas (5,1%) e até o carvão vegetal (1,8%). Até remédios comuns usados no período estão 6% mais caros. E quem optar por curtir cinema, teatro e concertos durante o carnaval, saiba que pagará em torno de 2,6% a mais em qualquer escolha.  Enfim, um carnaval realmente nunca é igual ao outro que passou!


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)