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Consultora de imagem ajuda pessoas a encontrar seu estilo e as cores que se casam melhor com o tom de pele


postado em 19/01/2020 04:00

Raissa Antunes, consultora de imagem e estilo(foto: Ludimila Vendrix/divulgação)
Raissa Antunes, consultora de imagem e estilo (foto: Ludimila Vendrix/divulgação)


Pode parecer bobagem, mas não é. Até quem não liga para moda passa uma mensagem com sua “falta” de estilo. Nada melhor que refletirmos a nossa personalidade também na forma de nos vestir. Mas, melhor ainda, é saber que podemos mudar um pouco nossa imagem e transmitir para as outras pessoas coisas mais positivas a nosso respeito. Basta fazer uma boa consultoria de imagem e estilo.
Se você é muito tímido, ou tem uma expressão muito séria e as pessoas costumam achá-lo “mal-humorado, bravo, antipático”; ou, por outro lado, aparenta ser muito jovem e precisa passar uma imagem um pouco mais séria e respeitosa, sem contudo perder sua personalidade, tudo isso é possível apenas mudando um pouco a forma de se vestir.
 
A consultoria de imagem e estilo é um processo de autoconhecimento, com o objetivo de alcançar a imagem de pessoal. É traduzir para o que vestimos a nossa identidade, por meio do estudo da personalidade do cliente, do guarda-roupa atual, da silhueta e suas proporções, seu tom de pele, olhos e cabelo e seu estilo de ser.
 
Raissa e Luisa Carnevali(foto: Ludimila Vendrix/divulgação)
Raissa e Luisa Carnevali (foto: Ludimila Vendrix/divulgação)
A mineira Raissa Antunes, de 31 anos, não lembra de um dia em que sua mãe tivesse escolhido uma roupa para ela usar. Por incrível que pareça, desde criança sempre se encarregou desta tarefa com prazer, estilo e muita opinião. Na pré-adolescência, as primas, tias e amigas já pediam sua ajuda na escolha da roupa para sair, trabalhar, e até mesmo para arrumar uma mala para viajar. Não deu outra, a menina cresceu e hoje é uma requisitada consultora de imagem.
 
Mas nem sempre foi assim. Raissa nasceu e se criou em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, filha de uma médica e de um artista plástico/publicitário. Apesar de ter nascido com esse dom ou talento – chamem como quiser – para a moda e o bom gosto, não teve muita opção na hora de escolher a faculdade que faria.
 
A decisão de fazer algo nesse segmento veio aos 15 anos, quando ajudou uma amiga que passava por uma forte depressão. Usando seu talento natural, Raissa trabalhou a autoestima da colega e com isso ela se reergueu, conseguiu sair da crise – claro que paralelo ao tratamento clínico –, emagreceu e superou o problema.
 
“Minha família é de médicos e advogados, não dá para fazer outra coisa. Mesmo assim, decidi fazer moda em Belo Horizonte. Apesar dos protestos da minha mãe, prestei o vestibular em Belo Horizonte, mas na mesma época meu pai sofreu um desfalque e não tinha como arcar com minha estada na capital. Tive que abandonar o sonho e voltar para Montes Claros”, relembra. Como já tinha passado a época do vestibular, sua mãe foi na Faculdade de Direito, contou o ocorrido e conseguiram uma vaga para ela.
 
Raissa põe na conta de seu amadurecimento todas as crises de insegurança pelas quais passou na faculdade, e no início da carreira como advogada, a dificuldade de se encaixar em um mundo ao qual não pertencia. Afinal, todos eram formais e ela sempre fora da caixinha. “Eu me destacava naquele ambiente formal e careta. Sempre me vestia com estilo e todos que conviviam comigo no Fórum falavam com frequência que eu deveria trabalhar com moda”.
 
A criativa advogada não durou muito tempo no meio das leis. Abandonou a carreira, mergulhou em cursos de consultoria de imagem, coloração pessoal, estilo, visagismo e passou a fazer o que ama: dar consultoria de imagem, ajudar as pessoas a se sentirem melhores, otimizar o guarda-roupa. Para isso o relacionamento com o cliente é grande e isso é o que mais a atrai – trabalhar com pessoas –, a moda é apenas um instrumento.
 
“Por não ser uma ciência exata, é preciso muita conversa. O trabalho não é feito por mim, mas comigo, o personagem principal é o cliente. Tenho que entender a pessoa, saber o que ela quer”, explica. Para isso, é aplicado um questionário, entrevistas, análises de personalidade, gosto, estilo de vestir, estilo de vida, análise facial, cores, tipo físico, etc. São feitas várias medições e só então a profissional apresenta uma conclusão de tudo o que foi apontado.
 
O objetivo de cada cliente para contratar a consultoria é muito particular. Algumas pessoas a procuram para saber o estilo que lhes favorecem, as cores que ficam melhor; outros querem mudar a imagem que passam. “Umas pessoas são mais fechadas, mais sérias, e querem transmitir uma imagem mais leve; outras precisam transmitir o oposto, um pouco mais de seriedade. Alguns querem passar mais independência, outros mais jovialidade, mais modernidade, e alguns querem demonstrar que são mais acessíveis”, relata, “a pessoa vai traduzir um discurso a partir da imagem usando linhas, formas, cores”.
Raissa ressalta que a consultoria não existe para mudar a personalidade de ninguém, apenas para ajudar a pessoa a encontrar o seu estilo, o que a pessoa é, e cita uma fala de dois ícones da moda. A primeira é da decoradora americana Iris Apfel, que disse que “a pior gafe de moda é se olhar no espelho e não ver você”. A outra é a estilista Diane von Furstemberg, que ressalta que “estilo é algo que cada um de nós já tem. Tudo o que temos que fazer é encontrá-lo”.

TESTE DE COLORAÇÃO Um dos testes é o de coloração, para descobrir quais as cores caem melhor com o tom e subtom da sua pele. Se são cores quentes ou frias, e de qual estação, já que as paletas universais são nominadas pelas quatro estações do ano: outono (profundo, puro ou suave), inverno (intenso, profundo ou puro), primavera (clara, intensa ou pura), verão (claro, puro ou suave).
A paleta certa dá um ar saudável à pessoa, cores erradas darão olheiras, poderão deixar a pele mais amarelada, enfim, uma série de interferências negativas. Por exemplo, se uma pessoa tem melasma, quando usa uma cor de sua paleta as manchas serão suavizadas. Outro ponto que deve ser identificado é o contraste, se a sua pele fica melhor com alto, médio ou baixo contraste. Isso é muito importante para saber qual a melhor cor de cabelo, de armação de óculos, batom, etc.
Depois de aprovada a conclusão, Raissa segue para a parte prática da consultoria, que é o guarda-roupa, ver tudo o que a pessoa tem e montar os estilos que vão representar o que ela deseja. É o chamado closet cleaner. Tudo isso de olho no consumo, já que a consultora tem um olhar bem sustentável, e ensina que o importante é saber combinar o que tem. A divisão é mais ou menos assim: 60% do guarda-roupa deve ser composto por peças básicas, 15% por peças de festa, 15% tendência e 10% acessórios e complementos.
 
“Não precisamos ser consumistas, devemos saber comprar para sempre fazer produções bacanas misturando as peças que temos no guarda-roupa. Quando for comprar alguma coisa deve ter uma lista objetiva, olhar o tecido, o acabamento, a qualidade e a cor”, explica, ressaltando que apesar de cada pessoa ter as cores que favorecem, existem técnicas para neutralizar os efeitos das demais cores caso a pessoa goste muito de uma cor que não está em sua paleta. Alguns “truques” são: usar essas cores mais longe do rosto, ou então usá-las com acessórios e maquiagem que favoreçam. E o principal detalhe, sempre com o cabelo solto, para minimizar o efeito negativo da cor que não a favorece muito.
 
Luisa Carnevali é uma das clientes de Raíssa Antunes. Conheceu a consultora pelo Instagram, através de uma amiga que fez o trabalho com a profissional, e então passou a segui-la. “Interessei-me pela consultoria de imagem porque gosto de tudo o que se refere a autoconhecimento”, explica Luisa, que se impressionou com a complexidade do trabalho. “Não imaginei que fosse tão detalhado. Não fiz o pacote completo, e como moro no sertão da Bahia, a maior parte das entrevistas e do questionário foi virtual, por e-mail e facetime”.
 
O teste presencial só ocorreu na véspera do Natal, quando as duas se encontraram em Belo Horizonte. Raissa chegou com iluminação especial, protetor para cabelo e colo na cor cinza, para não influenciar no tom de pele da cliente, e começou a sobrepor tecidos de vários tons e então examinar e observar – com Luisa –, qual tonalidade favorecia mais seu tom de pele e o subtom também, ou seja, dava um ar mais saudável, mostrava uma pele mais uniforme. Não foi fácil descobrir qual a paleta de cor de Luisa, porque o subtom de sua pele é neutro. A dúvida ficou entre inverno profundo (que é composta por tons frios) e outono profundo (tons quentes), mas depois de muitos testes o martelo foi batido no inverno profundo.
 
“Tenho um estilo muito básico, e isso me deixa mais jovem do que sou. Algumas vezes isso não passa muita credibilidade no trabalho. Nas pesquisas e questionários que Raíssa fez comigo, abriu meus olhos para o fato de que podemos passar uma imagem pela forma como a gente se veste. Nunca tinha parado para pensar nisso, que alguma coisa na minha vestimenta pode mudar a forma como as pessoas me veem. Descobri com essa consultoria que posso equilibrar o meu estilo, não deixar de ser básica, que é o que eu gosto, como eu me sinto confortável, como eu sou, mas agregar alguns elementos que vão balancear esse estilo esportivo e básico para trazer um pouco mais de autoridade, credibilidade. Não porque eu queira parecer mais velha, não é isso, mas por causa do trabalho que eu faço. Precisava ser um pouquinho mais formal, sem deixar de ser informal, descobri isso na consultoria”, conclui Luisa, satisfeita com a consultoria, que ainda não terminou.


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