Os arranjos com flores e folhas secas não são nenhuma novidade, já existem há anos, bem como as flores artificiais. O que evoluiu foi a qualidade e a beleza dos produtos, e o aumento da oferta. O que antes demandava muito tempo de procura e, na maioria das vezes, a necessidade de buscar o material em São Paulo, agora é facilmente encontrado em Belo Horizonte. A grande vantagem é a durabilidade, principalmente para a época das festas de fim de ano, uma vez que todo mundo gosta de enfeitar a casa no início de dezembro e só desmonta a decoração no Dia de Reis, em 6 de janeiro.
Segundo Mariana de Paula, arquiteta e decoradora, que abriu a Uma Floricultura, empresa que também atua com esse tipo de ornamentação, trata-se de uma “ótima alterativa às flores artificiais, para quem quer um arranjo que dure, não tem grana para ficar trocando as flores da casa semanalmente, ou disponibilidade de tempo para cuidar. A tendência atual está alinhada com uma paleta de cores atuais, que são mais sóbrias, quentes e apagadas, os tons terrosos e palha, para ser mais explícito. Infelizmente, são os mais difíceis de encontrar no Brasil. Aqui, as cores são mais vivas. A flor seca é uma alternativa para quem quer essa paleta”, explica.
O uso da folhagem perene vai ao encontro também com o momento econômico, reduzindo a perda da floricultura e de quem está produzindo um evento, por exemplo. Isso porque elas podem ser aproveitadas em mais de uma ocasião. As lindas decorações florais das festas são totalmente descartadas no pós-festa. Em algumas cidades existem ONGs que passam recolhendo as flores, recompondo-as e vendendo-as no dia seguinte, mas é coisa rara.