Wagner Penna
A conexão do ambiente idealizado para esse projeto, construído na região de Casa Branca, nos arredores de BH, com referências ligadas à avó do proprietário foi o mote que o arquiteto Júnior Piacesi desenvolveu para imprimir um valor afetivo em cada detalhe da obra. Além dessa sintonia afetiva, a criação de áreas internas apropriadas à meditação e ativação de energias sensoriais inspirada pela bela paisagem também foi considerada.
A simplicidade das formas e o mix criado a partir de elementos tradicionais na decoração complementam o conceito minimalista do projeto. Nas considerações do arquiteto, o resultado final acabou sintetizando bem a ideia original e integrando a forma moderna e funcional do seu design arquitetônico contemporâneo com a memória familiar indispensável à sua personalização.
CAMPESTRE
Ele explica que o conceito surgiu do entendimento espacial sobre a sua localização e sua atmosfera campestre, trazendo para o projeto um estilo de vida de simplicidade para os seus moradores. Sob o ponto de vista técnico, o projeto inicia-se a ‘partir do desenvolvimento de uma caixa de pedra independente do volume da casa, onde se localiza o banheiro, partindo da premissa de qualificar este ambiente de permanência transitória a partir da abertura de um local que abre espaço para novas sensações do usuário’.
A proposta destaca a iluminação natural, vinda do teto de vidro, possibilitando a entrada de luz do Sol durante o dia e da luz da Lua no período noturno. Abaixo da bancada há a presença de uma abertura (fresta) ao pé da parede, que permite a visualização do espaço externo sem a perda de privacidade do ambiente. Esstas características, somadas, trazem também a diferenciação no conceito do banheiro, aproximando-o de ser um espaço mais integrado com seu entorno.
No restante da parte interna da casa e área externa, a equipe do escritório Piacesi Associados trabalhou de modo a valorizar a abertura da casa para as áreas externas. Com isso, estabeleceu uma transição gradual entre espaço interno e externo – caso do espaço da cozinha. Essa leitura aproximou as novas linguagens de interação com o meio ambiente – que contribuem, também, para fortalecer as relações entre o espaço e os seus ocupantes.
MOBILIÁRIO
A maior parte do mobiliário utilizado na casa pertenceu aos avós de um dos proprietários, todos da década de 1950. A geladeira antiga tem até seu ‘registro de nascimento’, pois o morador ainda guarda a nota fiscal e o manual do eletrodoméstico, que foi comprado em 1955. Cadeiras autênticas daquela época, étager, cadeiras e mesas no estilo Chippendale completam o clima ‘anos dourados’.
De forma geral, os materiais usados no projeto foram pensados de forma a trazer a sensação de aconchego, liberdade e de apropriação pelos usuários. É uma casa de 440 metros quadrados (m²), distribuídos por três quartos, com uma suíte estendida a uma ampla varanda. A casa também conta com uma sala de TV, mais intimista e reservada, e uma sala de jantar e cozinha integradas ao amplo deque, que foi pensada para ser abraçada pela natureza. Ali, foi instalado mobiliário contemporâneo para criar uma contraposição ao mobiliário da década de 1950.
Tanto o andar inferior quanto a parte superior superior carregam o conceito de simplicidade, com poucos elementos, que reforça o sentimento de um ambiente campestre.
NATUREZA
A integração da casa com a vegetação do entorno é um elemento importante do projeto. Para isso, o arquiteto preservou plantas de médio porte, já existentes, com a criação de espaços abertos.
Essa iniciativa acabou por levar para dentro da casa um pouco da rusticidade da flora local, original, ao mesmo tempo em que criou uma aproximação das referências emocionais, presentes na decoração interna, com os elementos nativos oferecidos pela variada botânica e fauna da região. Tudo sem exageros ou ostentação.
Com isso, esse deque, em madeira ripada, passou a ser o coração da residência para reuniões familiares e recepção aos amigos – propício ao convívio e realizações de encontros informais que sempre ocorrem ali. Em resumo, é o conceito de natureza + arquitetura traduzido com uma linguagem afetiva bem mineira.
A conexão do ambiente idealizado para esse projeto, construído na região de Casa Branca, nos arredores de BH, com referências ligadas à avó do proprietário foi o mote que o arquiteto Júnior Piacesi desenvolveu para imprimir um valor afetivo em cada detalhe da obra. Além dessa sintonia afetiva, a criação de áreas internas apropriadas à meditação e ativação de energias sensoriais inspirada pela bela paisagem também foi considerada.
A simplicidade das formas e o mix criado a partir de elementos tradicionais na decoração complementam o conceito minimalista do projeto. Nas considerações do arquiteto, o resultado final acabou sintetizando bem a ideia original e integrando a forma moderna e funcional do seu design arquitetônico contemporâneo com a memória familiar indispensável à sua personalização.
CAMPESTRE
Ele explica que o conceito surgiu do entendimento espacial sobre a sua localização e sua atmosfera campestre, trazendo para o projeto um estilo de vida de simplicidade para os seus moradores. Sob o ponto de vista técnico, o projeto inicia-se a ‘partir do desenvolvimento de uma caixa de pedra independente do volume da casa, onde se localiza o banheiro, partindo da premissa de qualificar este ambiente de permanência transitória a partir da abertura de um local que abre espaço para novas sensações do usuário’.
A proposta destaca a iluminação natural, vinda do teto de vidro, possibilitando a entrada de luz do Sol durante o dia e da luz da Lua no período noturno. Abaixo da bancada há a presença de uma abertura (fresta) ao pé da parede, que permite a visualização do espaço externo sem a perda de privacidade do ambiente. Esstas características, somadas, trazem também a diferenciação no conceito do banheiro, aproximando-o de ser um espaço mais integrado com seu entorno.
No restante da parte interna da casa e área externa, a equipe do escritório Piacesi Associados trabalhou de modo a valorizar a abertura da casa para as áreas externas. Com isso, estabeleceu uma transição gradual entre espaço interno e externo – caso do espaço da cozinha. Essa leitura aproximou as novas linguagens de interação com o meio ambiente – que contribuem, também, para fortalecer as relações entre o espaço e os seus ocupantes.
MOBILIÁRIO
A maior parte do mobiliário utilizado na casa pertenceu aos avós de um dos proprietários, todos da década de 1950. A geladeira antiga tem até seu ‘registro de nascimento’, pois o morador ainda guarda a nota fiscal e o manual do eletrodoméstico, que foi comprado em 1955. Cadeiras autênticas daquela época, étager, cadeiras e mesas no estilo Chippendale completam o clima ‘anos dourados’.
De forma geral, os materiais usados no projeto foram pensados de forma a trazer a sensação de aconchego, liberdade e de apropriação pelos usuários. É uma casa de 440 metros quadrados (m²), distribuídos por três quartos, com uma suíte estendida a uma ampla varanda. A casa também conta com uma sala de TV, mais intimista e reservada, e uma sala de jantar e cozinha integradas ao amplo deque, que foi pensada para ser abraçada pela natureza. Ali, foi instalado mobiliário contemporâneo para criar uma contraposição ao mobiliário da década de 1950.
Tanto o andar inferior quanto a parte superior superior carregam o conceito de simplicidade, com poucos elementos, que reforça o sentimento de um ambiente campestre.
NATUREZA
A integração da casa com a vegetação do entorno é um elemento importante do projeto. Para isso, o arquiteto preservou plantas de médio porte, já existentes, com a criação de espaços abertos.
Essa iniciativa acabou por levar para dentro da casa um pouco da rusticidade da flora local, original, ao mesmo tempo em que criou uma aproximação das referências emocionais, presentes na decoração interna, com os elementos nativos oferecidos pela variada botânica e fauna da região. Tudo sem exageros ou ostentação.
Com isso, esse deque, em madeira ripada, passou a ser o coração da residência para reuniões familiares e recepção aos amigos – propício ao convívio e realizações de encontros informais que sempre ocorrem ali. Em resumo, é o conceito de natureza arquitetura traduzido com uma linguagem afetiva bem mineira.