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Estado de Minas

Quem procura, acha!


postado em 28/04/2019 05:08


Incrível como muitas vezes conseguimos fazer associações escabrosas e deixamos com que elas nos dirijam a vida. Uma amiga contava que sua filha havia perdido a carteira e desesperada ligou para a mãe que prontamente respondeu: pede socorro para os orixás que eles te ajudam a encontrar. E não é que ela encontrou mesmo?

Bem ou mal, diz minha amiga, isso só aconteceu depois que foi feito um apelo fervoroso às entidades e ter procurado em todos os cantos, claro. O marido e pai sempre ri quando ouve esse caso e recorre às leis da matemática para provar que isto não passa de uma coincidência, ou seja, procurando de fato só não se encontra o que foi roubado ou deixado em outro lugar bem distante.

Outro dia ouvi a história de uma mulher que ganhara um carro num sorteio destes de Natal. Tirou foto recebendo as chaves, saindo do estabelecimento com um sorriso de ponta a ponta. Afinal, por mais que passemos horas na fila para preencher nossos cupons e depositá-los na urna, nunca acreditamos que o prêmio será nosso. Mas se alguém sempre tem que ganhar, essa foi a vez de ser ela.

Sorte de um lado e azar do outro, a sorteada não teve a chance de curtir o carro de imediato. Foi internada no outro dia diagnosticada com uma doença grave que a deixou de cama por mais de um mês e rende tratamento até hoje. Contabilizou todo esse prejuízo na inveja dos demais que desejavam estar no lugar dela que, de um dia para o outro sem ser preciso fazer grandes investimentos, exibira o carro do ano (e de canja virou celebridade saindo em tudo quanto era jornal).

A partir desse episódio, passou a ter tanto medo de ser contemplada em sorteios que alguns anos depois, ao ganhar um aparelho de som em um concurso, no qual ela não desejava ter participado, tratou logo de repassar o prêmio. Nem sequer foi buscá-lo. Passou procuração para uma de suas funcionárias que de lá mesmo levou-o para sua casa como presente da patroa.

Não sei como anda por agora, se com saúde ou de mal a pior, muito menos se ainda foge de ter seu nome ou número anunciado como premiada. Por outro lado, creio que minha amiga e sua filha (o marido e pai não) continuam apelando aos santos e orixás. Afinal, um pedido de ajuda não faz mal a ninguém. Vai que dá certo?

Quem de nós não o faz ao menos de vez em quando, até mesmo sem perceber? Se apela a Deus e a todo o seu séquito por qualquer coisa, crendo ou não que existam. Sem dúvida é uma maneira de exercitarmos nossa humildade e enxergar que ajuda nunca é demais e sempre necessária. O que não devíamos fazer é repassar aos outros ou a objetos a responsabilidade por aquilo que compete principalmente a nós mesmos.


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