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DNA de sapateiro

Como o herdeiro da Arezzo usou o seu talento para criar modelos icônicos e ampliar a empresa


postado em 13/01/2019 05:06

(foto: arezzo & Co/divulgação)
(foto: arezzo & Co/divulgação)



Produto certo na hora certa. Alexandre Birman cresceu ouvindo essa frase do pai, Anderson, fundador da Arezzo, e continua a acreditar nela. À frente do grupo Arezzo&Co, formado por seis marcas, o mineiro não tem dúvida de que precisa acompanhar o ritmo das consumidoras para acertar nos lançamentos. “Nosso grande objetivo é encantar continuamente cada mulher”, revela o criador das marcas Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever e Owme. Para ele, o desafio é traduzir nos sapatos a atitude de quem vai usá-los. No lado empresarial, o trabalho de Alexandre é igualmente desafiador. Atualmente, os planos são consolidar o grupo na liderança nacional e internacionalizar as marcas Schutz e Alexandre Birman, que já têm lojas em três cidades dos Estados Unidos.

 

Qual é a sua motivação para criar sapatos?
Essa paixão está no meu DNA. Nasci no negócio – Anderson, meu pai, tinha acabado de fundar a Arezzo – e a identificação foi natural. Sempre me vi fazendo o que faço, desde pequeno, com as primeiras interações com o negócio da família.

O que você considera mais desafiador na hora de pensar em um modelo que agrade as mulheres?
Os aspectos técnicos são muito importantes – garantir o conforto, o calce perfeito –, mas, com certeza, o desafio é traduzir a atitude da mulher que vai usar o produto. A maneira como ela usa nossas criações é, também, a forma dela se colocar e se comunicar com o mundo.

Com qual matéria-prima você mais gosta de trabalhar?
Cada matéria-prima possui suas particularidades, e com isso podemos ampliar as possibilidades de criação.

Entre tantos modelos que você já criou, fale sobre um que marcou a sua carreira.
Costumo dizer que toda grande marca possui um produto ícone. O primeiro hit da Schutz, marca que fundei aos 18 anos, é uma referência na minha história. Uma bota tratorada, que fez sucesso nacional e alçou a marca a um patamar de desejo inédito. Outra criação muito marcante é a Clarita, a sandália ícone da marca Alexandre Birman. Sinto uma grande alegria e muito orgulho em ver estrelas do calibre de Julia Roberts, Meryl Streep e Beyoncé usando o modelo.

O que você enxerga de tendências para a próxima temporada?
Nossos times de estilo apresentam coleções de inverno cada vez mais encantadoras e completas. Literalmente conseguimos atender vários perfis de mulher e várias ocasiões de uso, com a cobertura de tendências e propostas que trazemos em nossas marcas. Destacaria a releitura de botas estilo western.

Como você equilibra o seu lado designer com o lado empresário?
Assumi a presidência da Arezzo&Co em 2013 e atualmente acumulo as funções de CEO e CCO (chief creative officer), o que demanda uma constante troca de chapéus, algo natural para o meu perfil hoje em dia. Tenho uma equipe que trabalha com muito foco para estruturar minha agenda, e o esporte me traz um senso de disciplina mais apurado para acomodar cada momento com total atenção. E ainda cuido com muito carinho do meu lado sapateiro, a minha essência.

Atualmente, você se dedica exclusivamente à marca Alexandre Birman?
Acompanho as equipes de todas as marcas. Temos profissionais muito qualificados em todas as posições, o que permite o crescimento que vivemos. Na Arezzo&Co costumamos dizer que juntos somos melhores, e isso vale para gestão também. Cada um com suas atribuições em busca de objetivos em comum. A marca Alexandre Birman recebe minha atenção especial também em função de carregar meu nome, mas equilibro minhas contribuições em todas.

Você começou a trabalhar cedo na fábrica do seu pai. De que forma isso o ajudou?
Foi fundamental para minha formação, para o entendimento do negócio, para o meu desenvolvimento como pessoa e profissional. Essa experiência – que considero inestimável – me deu uma base sólida para perseguir meu crescimento.
Por que você preferiu abrir uma marca própria, a Schutz, em vez de assumir os negócios da família com a Arezzo?
Durante meu processo de desenvolvimento, fomos apoiados por um consultor muito experiente em sucessão familiar, e uma de suas principais recomendações – entendendo meu perfil e o contexto – foi que eu abrisse meu próprio negócio. Fundar e desenvolver a Schutz me preparou de forma especial. Errar, corrigir, inovar sempre foram etapas importantes na vida de um empreendedor.

A que você atribui o sucesso da Schutz?
É uma marca que traduz a moda de um jeito único, uma equação de produtos encantadores com inovação. É uma marca desejo desde sua fundação.

Como você enxerga hoje o mercado de calçados no Brasil?
Com muitas oportunidades. Temos crescido de forma sustentável, amadurecendo nossas marcas, inovando e ganhando market share.

O modelo de fast fashion tem funcionado?
Produto certo na hora certa é uma frase do Anderson, que se mostra atual a cada dia. Para atender e encantar as mulheres precisamos viver no ritmo delas, acompanhar a jornada de cada uma.


Por que o grupo decidiu se voltar para o mercado internacional?
Temos grandes oportunidades de desenvolvimento com a internacionalização. A marca Alexandre Birman busca a consolidação no mercado norte-americano e a expansão no mercado europeu. A Schutz é uma marca com potencial para atender as mulheres de todo mundo.

Em quais países as marcas do grupo estão presentes?
Nossa presença com lojas físicas e webcommerce está concentrada nos Estados Unidos, nesse momento, com quatro lojas Schutz (em Nova York, Miami e Los Angeles) e duas lojas Alexandre Birman (em Nova York e Miami).

Nos últimos anos, o grupo lançou duas novas marcas. É uma estratégia para atingir diferentes nichos no mercado?
A Fiever e a Owme nasceram da identificação de oportunidades de mercado. Com pesquisas, ouvindo o que as mulheres buscavam e traduzindo as tendências de negócios. Nossas marcas possuem DNA bastante diferenciados e claros. Isso permite uma cobertura de mercado interessante e tem se provado uma estratégia eficiente.

Você tem desejo de criar um sapato para alguma mulher específica?
Tenho o privilégio de poder ver criações de nossas marcas nos pés das mulheres mais famosas do mundo. Mas todas as clientes são importantes. Nosso grande objetivo é encantar continuamente cada mulher que visita nossas lojas, nosso site, que tem contato com nossas marcas. As experiências precisam ser inesquecíveis sempre. Duas mulheres para quem eu sempre terei prazer especial em criar são as minhas filhas, Olga e Vera. Essas sempre terão minhas melhores criações.

Quais são os planos do grupo para os próximos anos?
Consolidação de nossa liderança nacional e a internacionalização de nossas marcas Schutz e Alexandre Birman. Temos uma longa e próspera jornada pela frente.

Como anda a sua rotina?
Tenho uma rotina intensa. Amo o que faço e busco me dedicar com toda atenção a cada uma de minhas atribuições.

Você já ganhou alguns prêmios ao longo da carreira. O que eles significam para você?
São reconhecimentos muito valiosos. Sinto-me honrado, mas os principais prêmios, e são esses que motivam os nossos mais de 2500 colaboradores, são os sorrisos das nossas clientes, felizes com as experiências vividas em nossas marcas.

O que você guarda de mais especial em relação a Minas Gerais?
É minha história, minha referência.


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