(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas HISTÓRIA

O cardeal e a formação do absolutismo francês

Como o principal vilão de Dumas transformou a França na maior monarquia europeia do seu período.


postado em 29/04/2019 16:34 / atualizado em 29/04/2019 18:40

Armand Jean du Plessis, cardeal-duque de Richelieu, tornou-se no dia 29 de abril de 1628 o primeiro-ministro que arquitetou o absolutismo na França. Imortalizado como o grande vilão do escritor Alexandre Dumas no livro "Os Três Mosqueteiros", o verdadeiro cardeal Richelieu nunca participou de nenhuma traição contra o rei Luis XIII, pelo contrário, foi totalmente leal durante toda a sua vida ao rei.
Luís XIII, o rei soldado, com o Cardial Richelieu - uma parceria por toda a vida em tornar a França a maior monarquia absolutista da Europa.(foto: Nicolas Poussin)
Luís XIII, o rei soldado, com o Cardial Richelieu - uma parceria por toda a vida em tornar a França a maior monarquia absolutista da Europa. (foto: Nicolas Poussin)

Apesar do título de nobreza, Richelieu veio de uma família com poucas posses e ligações na corte. Graças a sua inteligência e capacidade foi nomeado bispo em 1607, entrou para a política, transformando-se em Secretário de Estado, em 1616. Apesar das intrigas da corte contra ele, Richelieu logo atingiu um grande poder na Igreja católica e na França, convertendo-se em cardeal em 1622, e no primeiro-ministro do rei Luís XIII. Permaneceu no cargo até sua morte em 1642. 

Ele consolidou a monarquia francesa, minou o poder dos nobres, destruiu o poder político e a capacidade militar dos huguenotes. Proibiu os duelos e reprimiu as conspirações tramadas contra ele. Sua administração foi assinalada por reformas úteis nas finanças, no exército e na legislação. Fundou a Academia Francesa, que foi referência para a criação da Academia Brasileira de Letras .Sua política de tributação entre as classes mais baixas criou um estado de revolta endêmico em diversas províncias. Transformou a França em um forte estado centralizado.  

Sua política exterior fundamental foi contrabalançar o poder da dinastia austro-hispânico dos Habsburgo, então reinante na Espanha e no Sacro Império Romano Germânico. Para isso, mesmo sendo um ministro católico, se aliou com os protestantes para atingir tal objetivo. Foi particularmente notória sua intervenção na Guerra dos Trinta Anos, que terminou com a Paz de Westfalia, da qual a França emergiu como principal potência europeia ao término do conflito.
A França foi a grande vencedora da Guerra dos Trinta Anos contra os austríacos/alemães e espanhóis.(foto: Rocroi, el último tercio por Augusto Ferrer-Dalmau - 2011 (cc))
A França foi a grande vencedora da Guerra dos Trinta Anos contra os austríacos/alemães e espanhóis. (foto: Rocroi, el último tercio por Augusto Ferrer-Dalmau - 2011 (cc))

Apesar de serem muito diferentes, a ligação do cardeal com Luis XIII foi de devoção e total confiança entre eles. Os dois eram homens de ação e participaram muitas guerras juntos em busca da supremacia da França na Europa. Poucos meses após a morte de Richelieu, o rei viria a falecer em seguida. Graças as suas ações, o herdeiro do rei, o delfim Luis XIV, se tornaria o Rei Sol, um dos monarcas mais poderosos da história e símbolo máximo do absolutismo europeu. Seu reinado durou 72 anos.

Artigo de História Geral do Percurso Pré-Vestibular e Enem.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)