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Estado de Minas HISTÓRIA GERAL

375 anos da Revolução Inglesa


postado em 09/09/2016 08:52 / atualizado em 09/09/2016 09:17

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A família real britânica atrai atenção de todo o mundo. Sejam os aniversários da Rainha Elizabeth II, seja o casamento do Príncipe William com Kate Middleton ou a fofura do príncipe George e da princesa Charlotte, há sempre olhos atentos para aquilo que acontece no grupo familiar mais pomposo do Reino Unido.

Hoje, a monarquia britânica tem papel mais simbólico do que executivo. O poder político é exercido, de fato, pelo Primeiro-ministro, escolhido pelo Parlamento. Mas nem sempre foi assim. A criação da monarquia parlamentar nos moldes que vemos hoje é um resultado da Revolução Inglesa, processo que começou com a Guerra Civil Inglesa, em 1641, e terminou com a Revolução Gloriosa de 1688.

A monarquia inglesa está em formação desde a Idade Média, período da história da Europa entre os séculos V e XV. Em 1215 foi assinada a Magna Carta, que consistia em um acordo para dirimir conflitos entre o rei e a nobreza, que acabou limitando o poder do monarca da Inglaterra. O documento impedia, por exemplo, a criação de tributos sem o “consentimento comum do reino”, o que foi interpretado posteriormente como o parlamento, instituição representativa das elites inglesas.

Entre 1455 e 1485, a monarquia inglesa se envolveu em uma disputa pela sucessão do trono, conhecida como Guerra das Duas Rosas, em referência às rosas vermelha e branca, símbolos das famílias Lancaster e York, respectivamente, que estavam em disputa.

Guerra das Duas Rosas: confronto das dinastias York e Lancaster pela coroa britânica.
Guerra das Duas Rosas: confronto das dinastias York e Lancaster pela coroa britânica.
 

O confronto levou ao enfraquecimento da nobreza e a monarquia passou a uma fase absolutista, com o poder concentrado nas mãos do monarca. Nesse contexto, o rei Henrique VIII (rei da Inglaterra entre 1509 e 1547), após confronto com o papa, se tornou o chefe da igreja na Inglaterra, surgindo assim o anglicanismo.

O ápice do absolutismo inglês aconteceu durante o reinado da Rainha Elizabeth I, entre 1558 e 1603. Foi um período de forte intervencionismo estatal na economia, com muitos incentivos às manufaturas têxteis e à colonização do sul dos Estados Unidos, para plantio de algodão.

Execução de Carlos I: fim do Antigo Regime na Inglaterra.
Execução de Carlos I: fim do Antigo Regime na Inglaterra.

A Revolução Inglesa do século XVII trouxe mudanças significativas na política. O confronto entre a burguesia puritana, com apoio popular, e a Coroa marcou a primeira fase da revolução, conhecida como Guerra Civil ou Revolução Puritana. O rei Carlos I acabou morto e foi instituída uma República na Inglaterra, que durou pouco tempo (1649-1658).

Estátua de Oliver Cromwell: período curto em que foi instituído a República na Inglaterra pela burguesia puritana.(foto: Elliott Brown)
Estátua de Oliver Cromwell: período curto em que foi instituído a República na Inglaterra pela burguesia puritana. (foto: Elliott Brown)

O apoio popular à Revolução assustou as elites, já que surgiram ideias ameaçadoras de privilégios, como o desejo pela reforma agrária. Isso fez com que houvesse a restauração da monarquia na Inglaterra.

A Revolução Gloriosa, segunda etapa da Revolução Inglesa, foi um pacto entre elites, que apoiavam a monarquia, mas queriam que ela deixasse de ser absolutista, dando mais força ao Parlamento. Para consagrar o domínio parlamentar, foi assinada, em 1689, a Declaração de Direitos (Bill of Rights, em inglês) e o Parlamento se transformou no centro do poder na Inglaterra.

Artigo do Percurso Pré-vestibular e Enem.

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