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Estado de Minas INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Ferramenta tecnológica auxilia professor a elaborar o melhor plano de ensino

Faculdades adotam o e-learning para melhorar o processo de aprendizagem do aluno


postado em 29/07/2019 15:17 / atualizado em 29/07/2019 17:47

A aluna Raiane Rosa com a pró-reitora do Centro Universitário Estácio, Thaís Lacerda: inteligência artificial aliada ao ensino traz resultados (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A aluna Raiane Rosa com a pró-reitora do Centro Universitário Estácio, Thaís Lacerda: inteligência artificial aliada ao ensino traz resultados (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)



Para propor ações que melhorem o processo de aprendizagem dos alunos, faculdades adotam o e-learning analytics (LA), que se baseia na utilização e análise de dados educacionais obtidos em ambientes virtuais de aprendizagem. “Antes de tudo, é importante frisar que e-learning analytics é sobre o uso de práticas que envolvem uma coleta maciça de dados individualizados dos alunos e mesmo professores e tutores, com o objetivo de analisar, classificar, avaliar e distribuir informações que auxiliem nossos alunos a explorar seu potencial”, explica o analista de sistemas Alexandre Montanha, professor do Centro Universitário UNA.

A ferramenta também mostra para o professor como é o processo de aprendizagem de cada aluno e o auxilia a elaborar o plano de ensino. “O e-learning analytics é, portanto, um conjunto de ferramentas que podem ajudar a identificar necessidades específicas e reforçar pontos para que cada aluno possa desenvolver suas competências”, ressalta Alexandre Montanha.

Pioneira na implantação da inteligência artificial no Brasil, a Faculdade Estácio é um bom exemplo de como a inteligência artificial aliada ao ensino traz resultados positivos. “Quando falamos em adotar tecnologia, causa um impacto, pois passa a ideia de que as pessoas são descartáveis, mas, na verdade, ela vem para agregar”, comenta Thais Lacerda, pró-reitora acadêmica do Centro Universitário Estácio. “Aqui (Estácio), adotamos mecanismos como o Simulado do Enade, que ajuda o aluno a se preparar melhor para a prova. O Nova Chance é para o aluno que apresenta dificuldade em alguma prova durante o semestre – o programa detecta essa dificuldade e dá outra oportunidade para ele se preparar melhor e realizar e exame. Temos também o Avaliando a Aprendizagem, que consiste em avaliar o estudante no período antes da avaliação e detectar se ainda há algum ponto que ficou em dúvida ou mal esclarecido”, especifica Thais Lacerda.

Os alunos também elogiam os programas. “Acompanhamos tudo pelo aplicativo da faculdade, as notas, fazemos exercícios e nos preparamos para a prova”, conta Rayllane Rosa Nogueira, estudante do 9º período de direito. Ela diz que o e-learning analytics foi importante para sua aprovação na OAB. “No aplicativo, a gente também consegue acompanhar o que foi dado ao longo do curso, pois sempre tem alguns detalhes que esquecemos com o passar do tempo, e isso me ajudou a estudar e conseguir a aprovação”, lembra-se.

Além disso, o programa auxilia a faculdade a combater a evasão estudantil. “Percebemos que o número de evasão reduziu cerca de 25% a 30%.O sistema nos oferece o perfil de cada aluno e conseguimos identificar aqueles propensos à evasão, logo criamos todo o suporte para ajudá-los”, esclarece a pró-reitora.

O professor da Una e Uni-BH Leonardo Drummond Vilaça embarcou para Londres, no início do mês, para falar sobre inteligência artificial no congresso Academic Practice and Technology, na University College London. Ele apresentou sua pesquisa de doutorado, um estudo que resultou no Katri – um chatbot para ser usado um professor-assistente no mundo virtual, para apoio ao trabalho docente e no processo de aprendizagem de estudantes. “Estou desenvolvendo um projeto para criação de chatbots que funcionem como material didático e assistente do professor. Geralmente, as universidades têm chatbots que funcionam como assistentes administrativos, respondendo às questões burocráticas de secretaria, por exemplo. A diferença do meu projeto é que o chatbot é criado para de fato trazer contribuições para a aprendizagem dos alunos e ao trabalho do professor. Não é um chatbot genérico para o site ou ambiente virtual de aprendizagem, como já estamos nos acostumando a ver”, exemplifica.


* Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram


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