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Estado de Minas

Estudantes buscam alternativas ao financiamento estudantil; conheça os programas

No mercado, há fundos e bancos que oferecem opções para universitários. Algumas escolas têm até sistema de empréstimo


postado em 17/10/2015 06:00 / atualizado em 19/10/2015 15:54

Elma Santiago, da Faculdade IBS/Fundação Getulio Vargas, diz que não há opção com cunho social como o Fies no país(foto: Élcio Paraíso/Bendita Conteúdo e Imagem)
Elma Santiago, da Faculdade IBS/Fundação Getulio Vargas, diz que não há opção com cunho social como o Fies no país (foto: Élcio Paraíso/Bendita Conteúdo e Imagem)
Com as novas regras estabelecidas para o Fies em 2016, incluindo aumentos de juros e limitação de novos contratos, estudantes buscam alternativas ao financiamento estudantil. No mercado, há fundos e bancos – como Bradesco, Santander, Pravaler (Ideal Invest e Itaú), além da Fundalup, instituição privada que gerencia os programas das próprias instituições de ensino superior – que oferecem opções para universitários. Mas, segundo especialistas, nenhum deles tem juros comparáveis aos do programa do governo federal. Por isso, é importante ficar atento ao volume que será endividado.

Mesmo com as mudanças para o ano que vem, o Fies passará a ter 6,5% de juros ao ano, enquanto os bancos trabalham com 2,23% ao mês, atingindo quase 30% ao ano. “O Fies é um programa social e não há alternativas a ele. Há alternativas paliativas que não são cômodas, que exigirão muita adaptação de quem procura crédito para estudar”, indica a especialista Elma Santiago, coordenadora do curso de graduação em administração da Faculdade IBS/Fundação Getulio Vargas.

Além dos juros praticados por essas instituições, há ainda outras taxas envolvidas no financiamento que devem ser consideradas, como reajustes e custos com material utilizado pelos estudantes. Tudo isso deve ser compatível com a renda do aluno, que vai pagar juros de mora de 1% ao mês, além de multa de 2% sobre o valor se atrasar a quitação das parcelas, na maioria dos casos. Se ficar inadimplente, o aluno e o fiador podem ter o nome sujo. “Sem contar que é um endividamento precoce para estudantes de apenas 17 anos que estão iniciando a vida profissioanal e têm renda limitada. Muitos nem renda têm. E a conquista de um diploma também não é garantia de emprego, mesmo que os cursos sejam com notas 4 e 5 na avaliação do MEC”, opina Elma.

ALTERNATIVAS
Uma alternativa para quem não quer trancar o curso, de acordo com Elma Santiago, é o Educa mais Brasil, um programa de bolsas parciais existente há 11 anos no mercado. “Não é financiamento. O programa tem parceria com mais de 10 mil instituições de ensino superior (IES) e disponibiliza bolsas de estudos de 50% para alunos que pretendem fazer graduação. Ele precisará se inscrever em site próprio e se submeter a um processo de seleção. O programa é mantido pelas próprias IES. Todas as instituições filiadas destinam a primeira parcela para o programa”, explica a coordenadora.
Vânia Café, vice-reitora do UNI-BH(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Vânia Café, vice-reitora do UNI-BH (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Se para você conquistar o sonho do diploma universitário somente é possível via empréstimo, o financiamento estudantil privado deve ser considerado em último caso. Com um bom desempenho acadêmico, é possível o aluno obter bolsa de estudo, ainda que parcial, nas universidades particulares ou conseguir aprovação em uma universidade pública. Se, por qualquer circunstância, ele optar pela obtenção do crédito, o ideal é manter a dívida pelo menor tempo ou pela instituição que oferecer a menor taxa de juros. “É recomendável, por exemplo, comparar os financiamentos de mais de uma universidade”, ensina Elma Santiago, coordenadora do curso de graduação em administração da Faculdade IBS/Fundação Getulio Vargas.

Alguns grupos educacionais oferecem seus próprios sistemas de financiamento estudantil. O Centro Universitário UNI-BH, do Grupo Ânima, por exemplo, oferece aos alunos o UNI-BH Juro Zero, que é um crédito universitário administrado pelo PraValer. “Ele permite que o estudante pague seus estudos ao longo do tempo, de uma maneira mais leve, por meio do financiamento das mensalidades do seu curso de graduação em qualquer modalidade (bacharelado, licenciatura e graduação tecnológica). Nele, o centro universitário paga os juros para o aluno, que vai pagar apenas 50% da mensalidade durante o curso e os outros 50% depois da conclusão”, explica a vice-reitora Vânia Café.

Outra instituição do grupo, o Centro Universitário UNA, tem programa nos mesmos moldes (Una Juro Zero e o PraValer Fácil, destinado aos veteranos). O crédito pode ser solicitado o ano todo, com pré-aprovação na hora. O aluno não precisa ter feito o Enem, não precisa ter conta e o universitário pode incluir até duas mensalidades em atraso, cumulativo com descontos e financiamento, sem limite de vagas. (LS)

Confira abaixo como funcionam os financiamentos existentes

» Santander
Auxilia o aluno no período de matrícula e rematrícula. O crédito oferecido é de até R$ 2 mil e pode ser parcelado em 36 meses com taxa de juros de 1,95% ao mês. As universidades têm de ser conveniadas.

» Bradesco
O curso de quatro anos pode ser financiado
em até oito anos com taxa de juros que varia entre 1,41% e 2,23%. É necessário análise financeira.

» PraValer
O estudante paga 50% da mensalidade mensalmente com a taxa de juros de até 1,35%.
Os grupos educacionais que pagam o total de juros são Estácio, Ânima, Faculdade Anhanguera de Negócios e Pitágoras, mas a instituição tem convênio com cerca de 200 universidades. Cada mensalidade do curso é dividida em duas parcelas. É necessário ter fiador com renda a partir de um salário mínimo e sem restrições nos órgãos de proteção ao crédito.

» Fundaplub
Não tem taxa de juros, mas uma taxa administrativa de 0,35% ao mês, o equivalente a 4,2% ao ano. O estudante paga 50% da mensalidade durante o curso e o restante será custeado, de maneira sucessiva, aos pagamentos das mensalidades acadêmicas. É necessário fiador. Pouco mais de 60 universidades são filiadas.

» Educa mais Brasil
Disponibiliza bolsas parciais, de 50%, para alunos de mais de 10 mil instituições de ensino superior no país. Não é financiamento.


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