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Estado de Minas

Estudantes revelam como se deram bem na prova de redação do Enem

Treino e ir além do tema são dicas de quem se deu bem na prova. Medicina e engenharia exigem mais de 801 pontos


postado em 15/01/2015 06:00 / atualizado em 15/01/2015 06:45

Caio Macedo pulou de 440 pontos para 960 em redação e está confiante em uma vaga de geologia na UFMG(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)
Caio Macedo pulou de 440 pontos para 960 em redação e está confiante em uma vaga de geologia na UFMG (foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)

Foco, dedicação, treino de escrita e capacidade de ir além do tema proposto. Essas são algumas dicas de quem está no seleto grupo de estudantes que se deram bem na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em redação, prova considerada o fiel da balança da avaliação mais importante do país. Os resultados do ano passado chamaram atenção pelo mau desempenho: mais de meio milhão dos quase 6,2 milhões de participantes zeraram o teste de produção de texto. Na outra ponta, apenas 148.491 candidatos tiveram nota superior a 801 pontos, faixa considerada por educadores essencial para quem está de olho em medicina ou em alguma das engenharias.

Aluno do Colégio Arnaldo, Caio Augusto Reis Macedo, de 17 anos, não faz parte dos 250 estudantes que conseguiram nota máxima (mil), mas chegou perto, com 960 pontos. Na média global, cravou 772 pontos, que ele acredita suficientes para entrar no curso de geologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A redação foi o maior avanço do jovem, que passou de uma nota de 440 em 2013 para quase total. “Não estava acostumado com o tipo de texto cobrado no Enem: argumentativo, com uma solução no fim. Concluí de outra forma e fiquei com zero nesse quesito. Por isso, comecei o 3º ano sabendo que meu foco era redação.” E foi assim, se dedicando aos textos e prestando atenção às orientações da professora, que ele deu a volta por cima. “O segredo é não desesperar.”

Estudante do Coleguium, escola que ficou em 1º lugar no ranking das redações por escola em 2013, o último disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC), Cristiano Mendonça Barbosa Lima Ferreira, de 18, também garantiu nota alta, com 940 pontos em redação. Na média global, ele ficou com 720 pontos, por causa de linguagens e códigos, prova que não teve tempo de terminar. Mas está confiante na vaga em engenharia mecânica na UFMG. “No 3º ano, não foquei tanto em redação, mas fizeram diferença as orientações do professor para fugir do texto motivador (o enunciado prova) e extrapolar as ideias dele. Foi isso que fiz.”

Para Cristiano, a maioria dos alunos foi mal porque se ateve à base do enunciado, ficando com uma nota padrão. Para escrever sobre o tema “Publicidade infantil em questão no Brasil”, ele ousou. Tratou não só da questão do consumo, como indicava os textos motivadores, como discutiu o trabalho infantil ao debater a exposição de crianças em novelas e propagandas. Atenção ao noticiário, às discussões em sala e dedicação à estrutura textual para eliminar problemas de escrita foram apostas que deram certo.

TEXTO VIRTUAL

O educador Daniel Machado considera a redação a chave do Enem. “Por causa da teoria de resposta ao item, a TRI, não tem como o aluno tirar nem zero nem mil nas provas objetivas. O mais comum são notas entre 500 e 600 pontos. A redação é a única prova que se pode chegar no total, por isso, o melhor é se dedicar a ela para tirar a diferença em relação aos outros candidatos”, diz. Ele é enfático: “Quem quer medicina ou engenharia tem obrigação de tirar acima de 800”.

Daniel é o fundador do Imagine, aplicativo que ensina os estudantes a fazer uma redação nota mil. Pela tecnologia, que será lançada em breve, o aluno faz a redação e envia a foto do texto. Na rede, estão professores do Brasil inteiro, que corrigem e dão um retorno sobre os pontos a serem melhorados. “Com treino, rapidamente fazemos o aluno sair de uma nota 300 para mil.”


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