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Estado de Minas

Alunos universitários apresentam projetos com alternativas para o transporte de passageiros e cargas no futuro


postado em 14/12/2013 06:00 / atualizado em 14/12/2013 08:35

Qual menino ou menina nunca desenhou um carro na vida? Seja por brincadeira ou por paixão pelo tema, muitos de nós, pelo menos uma vez, já fizemos um esboço daquilo que chamamos de automóvel. Mas a lguns levam essa história a sério e criam projetos que parecem ter saído de sonhos e muitas vezes se transformam em realidade. É o caso dos alunos do Centro de Estudos e Desenvolvimento em Design, Ergonomia e Mobilidade da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), que continuam apresentando novas ideias e conquistando espaços no segmento automotivo.

Há 20 anos o centro de estudos da Uemg forma profissionais em design de produtos, ergonomia e mobilidade. No setor de veículos, os alunos já se destacaram com o Sabiá, protótipo premiado em maratonas internacionais de design, performance e economia de combustível. Coordenados pelos professores Rober Botelho, José Nunes e Jairo Drummond, venceram também concursos de design automotivo promovidos por montadoras e alguns deles foram incorporados aos quadros de funcionários.

De acordo com o professor Jairo Drummond, a ideia do Centro de Estudos e Desenvolvimento em Design, Ergonomia e Mobilidade não é vender projetos, mas sim posicionar profissionais de alto nível no mercado. E ele destaca que o setor está em alta, já que “a mobilidade é o elemento chave para o progresso”, por isso a importância de preparar bem os alunos para que surjam boas soluções. E algumas delas foram apresentadas recentemente como conclusão de curso e trazem alternativas viáveis para o transporte de passageiros e cargas.

MIRANTE

Esse é o nome do ônibus desenhado e projetado pelo estudante Raphael Freitas Souza, de 25 anos. Com a ideia de integrar pessoas de diferentes capacidades físicas ou portadores de necessidades especiais, o modelo conta com uma porta central, rampa de acesso e elevador para cadeirantes. São três ambientes, sendo um salão traseiro, um mezanino panorâmico e uma área na dianteira. O cadeirante tem acesso a todos os ambientes. E o detalhe interessante é que parte do teto tem placas para captação de energia solar. O protótipo feito na escala 1:10, foi desenvolvido em um ano e Raphael contou com a colaboração da Art Work Digital, que fez os cortes nas chapas de acrílico.

EVOLUX

O projeto do aluno de mestrado em design automotivo Sérgio Oliveira, de 48 anos, foi pensado para três pessoas, com um assento dianteiro e dois traseiros. Com forma exótica, que lembra um inseto, o modelo pode se encolher para trafegar em centros urbanos ou se alongar para desenvolver velocidades mais altas, já que foi projetado para alcançar 200km/h. A carroceria é de policarbonato e o veículo tem motores elétricos nas quatro rodas. O combustível é o thorium, um mineral que passa por uma reação química e gera energia elétrica para alimentar as baterias.

ARIA

O aluno Flávio Carvalho Markicwicz, de 22 anos, que conclui o curso de design de produto, defende sua tese de mobilidade e transporte com o Projeto Aria. Ele recupera um conceito da década de 1950, que foi pensado como forma de aliviar vias terrestres, transportando pessoas por vias aéreas. Não deu certo na época porque era feito com helicóptero, que poluía e era vulnerável a acidentes. Flávio, então, desenvolveu um transporte mais eficiente e seguro para funcionar entre cidades próximas a Belo Horizonte (Sete Lagoas, Pará de Minas, Itabira, Ouro Preto, Conselheiro Lafaiete e Itaguara). Trata-se de um vagão todo automatizado que, com o auxílio de um compressor de ar, direciona o fluxo de ar para baixo, mantendo o veículo suspenso. E baterias de lítio alimentam o sistema que impulsionam o “metrô voador”.

TORTUGA

O projeto de Caio Mendes, de 26 anos, aluno de mestrado em design e estratégia da mobilidade, é um cargueiro aéreo que poderá se tornar realidade daqui a 50 anos. A ideia é retirar o transporte de carga pesado dos mares e rios para o céu. O Tortuga foi inspirado em uma tartaruga, pela resistência e leveza quando nada. Tem 400m de comprimento, 180m de largura e 160m de altura, com três compartimentos de carga na parte inferior e capacidade para receber cinco mil toneladas, em contêineres, de grãos e outros produtos. É como um dirigível, que tem em sua carcaça painéis de nanofilme de carbono captando energia solar e transformando-a em eletricidade, que move os motores. A energia eólica também está presente, já que uma pipa gigante é acionada na parte superior e ajuda a impulsioná-lo, fazendo o Tortuga alcançar a velocidade máxima de 200km/h, deixando a viagem bem mais rápida.

RETRÔ

A especialidade do mestre em engenharia de materiais Gustavo Brasil, de 35 anos, é projetar carros com aspecto retrô. Ele aprecia as formas dos automóveis dos anos 1930, período que ele considera o ápice em termos de estética. A obra mais recente dele é um veículo retrô futurista, com estética streamline, com linhas fluidas, que sugerem aerodinâmica. O modelo pode ser produzido sobre a plataforma de um Chrysler com motor V8. Gustavo mostrou o protótipo do modelo na Uemg, mas espera apresentá-lo em escala real em 2014.

DUE

Ao projetar seu veículo, o estudante de design de produto Humberto Carvalho Dias, de 22 anos, pensou em algo simples, que fosse bom para o trabalho e para o lazer. Foi assim que ele imaginou o Due, um utilitário multiuso conceitual, pensado para ser usado em um país como o Brasil, com infraestrutura precária. Projetado para um ocupante, o modelo pode rodar em ambiente urbano ou fora de estrada, principalmente em locais de difícil acesso, como em áreas onde ocorreram tragédias naturais. Com um motor elétrico em cada roda, tem suspensão e tração independentes, além de ser equipado com bolsas laterais para o transporte de utensílios e bagagens.


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