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Estado de Minas

Oito cidades mineiras são nota 10 na leitura

Pesquisa aponta que, em oito cidades do estado, moradores têm mais interesse por livros e revistas que a média nacional


postado em 14/08/2013 00:12 / atualizado em 14/08/2013 15:41

O segredo para gostar de ler está no contato com os livros cada vez mais cedo, dizem os amigos Vitória Atanásio, de 12 anos, Welber Cerqueira, de 11, e Brenda Alves, de 11. Os três estavam ontem no 2º Salão do Livro Infantil e Juvenil, na Serraria Souza Pinto, no Centro de Belo Horizonte, onde foi divulgada uma pesquisa em que eles se encaixam bem. As crianças estão tendo mais contato com a leitura e adquirindo o hábito ainda jovens. “Os livros são interessantes, uma verdadeira viagem”, diz Brenda. “Com eles é possível ter uma formação e ser alguém melhor”, completou Welber. Os jovens estudam no Instituto Educacional Castro Alves, em Ibirité, na Grande BH, e foram à capital para visitar o salão do livro.


De acordo com a pesquisa encomendada pela Câmara Mineira do Livro (CML) e feita com recursos do Fundo Estadual de Cultura, oito cidades do estado ganharam nota 10 no quesito leitura. Foram entrevistados moradores de Poços de Caldas, Juiz de Fora, Divinópolis, Montes Claros, Teófilo Otoni, Uberlândia, Governador Valadares e Patos de Minas. Mais de 60% dos 1,1 mil pesquisados leem livros ou parte deles. A média é de 6,55 livros ou trechos de livros lidos nos últimos 12 meses, o dobro das médias nacional (3,6) e estadual (3,2).

Belo Horizonte não participou da pesquisa, mas receberá questionários a partir de setembro. Outra pesquisa feita no ano passado, no entanto, apontou que o índice de leitura na capital é de 41%. Os números da pesquisa mostram, de acordo com o presidente da CML, Zulmar Wernke, que a distância dos grandes centros não é obstáculo para o conhecimento. “Mesmo nas cidades com menor infraestrutura cultural, o potencial para leitura pode ser igual ou maior ao das capitais”, diz, lembrando que 30% dos investimentos para equipamentos culturais em Minas são destinados a Belo Horizonte.

Os municípios que se destacaram são cidades universitárias e contam com infraestrutura de bibliotecas nas escolas, livrarias, teatros, eventos literários e culturais. Além disso, segundo a CML, têm boas escolas públicas e privadas. Por outro lado, elas têm muitos desafios. De acordo com Zulmar, algumas das cidades não contam com bibliotecas municipais e as que têm não contam com o mesmo investimento para o desenvolvimento da leitura.

Ranking

Poços de Caldas, no Sul de Minas, está no topo da lista (veja abaixo). A cidade tem hoje o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 0,779, considerado alto. São 94 escolas públicas e particulares, sendo que 52 possuem bibliotecas. A população ainda tem à disposição três bibliotecas públicas municipais e nove universidades, sendo três gratuitas e seis privadas.


Quando considerado o que cada um lê, a pesquisa mostrou que as revistas de temas variados são as preferidas. Elas representam 68% da leitura. Pela pesquisa, os jornais ocupam a segunda posição (65%) e os livros inteiros ou parte deles ficam em terceiro lugar, com 64%. O livro eletrônico também apareceu: 15% respondeu como opção de leitura. Para a coordenadora da pesquisa, Marta Procópio, é uma nova forma de leitura e que cresce cada vez mais. Ela defende que, independente do formato, qualquer leitura deve ser incentivada. “A leitura é um hábito e como todo hábito precisa ser incentivado para ir avante.”

Quantos livros você lê?
Veja a média de leitura nos últimos 12 meses de livros ou parte deles nas cidades pesquisadas
Brasil    3,6
Minas    3,2
Média das cidades    6,55
Poços de Caldas    9,78
Juiz de Fora    8,14
Divinópolis    7,34
Montes Claros    6,42
Teófilo Otoni    6,17
Uberlândia    5,03
Governador Valadares    4,78
Patos de Minas    4,71


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