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Estado de Minas

Alunos da UFMG participam de competição internacional no Brasil

Estudantes da área aeroespacial, com idades, entre 18 e 23 anos, são finalistas


postado em 21/05/2013 06:00 / atualizado em 21/05/2013 07:29

(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

Os troféus sobre os armários em uma das salas do Centro de Estudos Aeroespaciais (CEA) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostram o brilhantismo e a dedicação de alunos que carregam o espírito da vitória. São pelo menos 15 premiações colecionadas ao longo dos últimos seis anos, fruto de competições nacionais e internacionais. Mas qual é a fórmula de tanto sucesso? Para esses gênios ainda tão jovens, com idades, entre 18 e 23 anos, o segredo está no esforço diário em aliar o conhecimento acadêmico à prática profissional. Tarefa tão importante que leva o nome da UFMG para todos os cantos do mundo e abre portas para o mercado de trabalho após a conclusão do curso. Praticamente 100% dos alunos que participam das competições são contratados depois da formatura.


O último prêmio foi conquistado na semana passada. Com o projeto da aeronave CEA 312, quatro alunos do CEA venceram a disputa promovida pela fabricante de motores aeronáuticos Price-Induction, da França. Deixaram para trás 74 projetos de diferentes nacionalidade. Entre os 11 finalistas competiram com trabalhos norte-americanos, ingleses e de instituições das Filipinas, e foram escolhidos por um corpo de jurados formado por especialistas internacionais em inovação aeroespacial. No mês que vem, os estudantes Julliardy Matoso e Letícia Soares, de engenharia aeroespacial, e Matheus Vinti e Sérgio Lúcio Lopes, de engenharia mecânica, viajam a Paris, onde vão apresentar o projeto na feira Le Bourget. Em março, um grupo de nove alunos conquistou o primeiro lugar na competição SAE Aero Design East no país e no exterior, com o desenvolvimento de um protótipo de avião. A premiação foi na cidade de Forth Worth, no Texas (EUA). A turma teve como adversários alunos norte-americanos, canadenses, indianos, poloneses, mexicanos, venezuelanos e italianos.

À frente dos estudantes, o coordenador do CEA e professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG, Paulo Henriques Iscold, orgulha-se das conquistas. O sucesso dos mineiros, segundo ele, mostra que o Brasil tem a mesma competência e potencial de outros países para participar das competições. “Essas premiações fazem os alunos acreditarem no potencial que têm e dão oportunidade a eles de superar dificuldades culturais de que o Brasil não tem capacidade para vencer”, diz. Paulo afirma ainda que os prêmios são um incentivo à turma que trabalha muito e acredita no que faz. “É o resultado de muita persistência e trabalho duro. Esses alunos não se inscrevem nas disputas apenas para competir. Entram para ganhar”, diz.

A troca de experiências também é um dos segredo dos alunos bolsistas e voluntários do CEA. No grupo convivem juntos estudantes de diferentes áreas de ensino e distintos períodos, que somam conhecimento para projetar aviões. Para Bruno Alves, de 21 anos, aluno do curso de engenharia aeroespacial, o trabalho em equipe faz a diferença na hora de pensar e pôr em prática o conteúdo acadêmico. “Um projeto de avião é complexo. A experiência de um completa o trabalho de outro”, conta. Já Sérgio Duarte, de 25, aluno de engenharia mecânica, diz que as conquistas são resultado do gosto pelo trabalho. “A gente faz o que gosta. Por isso fazemos bem”, afirma.

Depois de formados, os futuros engenheiros podem continuar as pesquisas no CEA ou seguir para o mercado de trabalho na iniciativa privada ou pública. Mas segundo Paulo Iscold, está sendo cada vez mais complicado manter os aluno no CEA. “Está difícil segurar esses alunos aqui para a pós-graduação ou o mestrado. Como saem bem preparados da universidade, são visados por grandes empresas para trabalhar no desenvolvimento de projetos de aviões”, explicou o coordenador.

Extensão De acordo com a vice-reitora da UFMG, a conquista de um título internacional é um coroamento do trabalho da universidade. “Há todo um investimento no ensino e na extensão dentro da UFMG que incentiva os alunos, ainda tão jovens, ao desenvolvimento da pesquisa”, ressalta. A instituição colhe os louros de ter seu nome divulgado na comunidade acadêmica internacional. Esse reconhecimento soma pontos que são computados para fins de classificação da universidade no Brasil e também internacionalmente. “Todas as premiações que envolvem pesquisas da universidade se traduzem em repercussão local e também fora do país”, destaca. A UFMG também soma títulos nas mais diversas áreas de ensino e desde 2007 figura no Ranking Acadêmico das Universidades de Classe Mundial (ARWU, na sigla em inglês). No ano passado, ficou em segundo lugar na classificação.


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