A greve das universidades federais, iniciada há mais de dois meses, sofreu um racha nessa quarta-feira. A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais (Proifes), entidade que representa 6 das 57 instituições que paralisaram suas atividades aceitou a proposta do governo e assina hoje um acordo para por fim ao movimento.
Para justificar a decisão, a Proifes apresentou uma pesquisa feita pela internet, com cerca de 5 mil professores. O acordo foi anunciado depois de uma reunião de mais de duas horas entre representantes dos ministérios do Planejamento e da Educação com integrantes de associações que participam do movimento grevista e arrancou protestos das demais entidades.
"Esse acordo não tem representatividade. A greve vai continuar. Vamos ver quem tem mais força neste processo", afirmou a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes e Instituições de Ensino Superior, Marinalva Oliveira.
O secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, deu essa etapa de negociação com encerrada. Ele firmou que o governo deverá enviar para o Congresso, sem alterações, a proposta com novo plano de carreira para professores universitários apresentada semana passada para o movimento grevista.