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Estado de Minas

Educação integral melhora desempenho dos alunos da rede municipal de BH

Pesquisa realizada pela Fundação Itaú, em parceria com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais (Cedeplar/UFMG), analisou dados das 170 escolas municipais


postado em 27/09/2011 09:40

Educação integral melhora desempenho dos alunos da rede municipal de Belo Horizonte em Língua Portuguesa e Matemática
Pesquisa realizada pela Fundação Itaú, em parceria com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais (Cedeplar/UFMG), analisou dados das 170 escolas municipais

Belo Horizonte, 26 de setembro de 2011 - Uma pesquisa da Fundação Itaú Social realizada com alunos do 3º ao 9º ano de escolas municipais de Belo Horizonte mostra que o programa Escola Integrada, da Secretaria de Educação do município, teve impacto positivo nas notas. As médias de matemática das escolas que participaram do Programa aumentaram seis pontos percentuais a mais em relação às que não participaram no período de 2008 a 2010, o que equivale a uma melhora de 15% decorrente do programa.

Os resultados estão sendo apresentados no Seminário “Educação Integral na Cidade Educadora”, que acontece até 17 horas no auditório da UNI-BH, na rua Dimantina, 463, Lagoinha.

O estudo, feito pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais (Cedeplar/UFMG), analisou dados da Avaliação do Conhecimento Apreendido (Avalia-BH), que contém informações de todos os alunos das 170 escolas municipais.

Segundo a pesquisadora e professora do Cedeplar responsável pelo estudo, Ana Maria Hermeto Camilo de Oliveira, as notas melhoraram mais nas escolas que tinham notas mais baixas antes de ingressarem no programa. Em relação às médias de Língua Portuguesa, a Escola Integrada também teve efeitos positivos para as escolas que participam dele desde 2007.

A Escola Integrada começou em 25% das escolas municipais da capital mineira e hoje está em 75%. As 143 escolas que adotam o modelo de educação integral têm 45 mil alunos. A iniciativa deve chegar a 65 mil em 2012 (50% da rede de ensino fundamental). Em BH, são utilizados clubes, igrejas, museus e quadras a até um quilômetro da escola para as atividades. Foram feitas parcerias com 13 instituições de ensino superior para contratar os 1.600 educadores que trabalham no programa, sempre coordenados pela escola. A participação dos alunos no programa não é obrigatória e se dá por adesão.

A secretária Municipal de Educação, Macaé Evaristo, afirma que o resultado é fruto do trabalho realizado desde a implantação do programa em 2007. “A pesquisa vem comprovar que estamos no caminho certo ao ampliar o tempo do aluno na escola. O Programa Escola Integrada consolida a articulação intersetorial das diversas instâncias da Prefeitura, além de difundir o saber a toda à cidade, permitindo maior envolvimento da sociedade civil em prol da educação”, destaca.

A Fundação Itaú Social é parceira da Escola Integrada desde 2007, contribuindo com a formação de educadores e gestores da Secretaria de Educação e ainda com o monitoramento e avaliação da iniciativa. Segundo a gerente da instituição, Isabel Santana, a ampliação da jornada escolar, na perspectiva da educação integral, é hoje um grande desafio no Brasil e um tema que está no centro dos debates. “O impacto positivo do modelo de educação integral adotado em Belo Horizonte pode ser inspirador para todos os gestores públicos que estão buscando aumentar as oportunidades de aprendizado para crianças e adolescentes”, afirma.

Uma primeira avaliação de impacto, realizada pela Fundação, apenas um ano depois do início do programa, em 2007, já havia detectado que as crianças que estudam nas escolas de jornada ampliada aumentaram tempo de leitura, uso do computador, frequência nas atividades culturais e da realização de lição de casa em relação às que não estudam, ou seja, passaram a desfrutar de condições mais favoráveis à aprendizagem.

Passado três anos, nessa segunda fase da pesquisa, foram comparadas as médias dos alunos participantes e não participantes e constatou-se, para ambas as disciplinas, que o impacto positivo acompanha o tempo de participação, ou seja, quanto mais longa a duração do programa na escola, maior o impacto positivo significativo.

Na análise dos níveis de proficiência estabelecidos pelo sistema Avalia-BH, que institui quatro categorias: abaixo do básico, básico, satisfatório e avançado, a Escola Integrada também demonstrou impacto positivo. A chance de descer de nível é significativamente menor para um aluno que tem a jornada ampliada. Para Língua Portuguesa, a chance de um aluno do grupo que participou do programa subir de nível, ao invés de descer, é em média 15% maior do que a chance do grupo que não participou.


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