O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e o deputado estadual Rogério Correia (PT) denunciaram que policiais estariam intimidando a categoria por causa da paralisação, que teve início em junho. “Há uns dez dias eles ficam monitorando o sindicato a distância. Eles param o carro e seguem os carros de som e do sindicato. Acho até que meu celular está grampeado”, afirma a coordenadora do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira.
Nesta manhã, o deputado foi até a sede do sindicato no Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte, e abordou o suposto policial, que estava parado próximo ao local. Ao ser perguntado porque estava próximo ao sindicato, o homem não quis falar sobre o assunto e tentou arrancar o carro. Como foi impedido, ele desceu do veículo e foi embora a pé.
De acordo com o deputado Rogério Correia (PT), a polícia foi acionada mas se negou a seguir para o local. “Nós ligamos duas vezes para a Polícia Militar pedindo uma viatura para identificar de quem é esse carro e os problemas que isso pode acarretar. Agora liguei direto para o comandante geral da Polícia Militar, o Coronel Renato, e ele disse que não iria enviar uma viatura pois eu estava querendo criar um fato político. A obrigação dele é vir aqui e verificar o que está acontecendo e de quem é esse carro”, informou o deputado.
O em.com.br entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda um retorno.
Impasse
A greve dos professores já dura 91 dias, e deve se estender ainda mais. Os professores rejeitaram a proposta do estado de um piso salarial de R$ 712,20, para uma jornada de 24 horas semanais. Eles insistem num piso de R$ 1.597. Quem pode mudar a realidade dos grevistas é o Ministério Público de Minas Gerais, que admitiu a possibilidade de entrar com ação civil pedindo a declaração de ilegalidade da greve e a fixação de multa em caso de descumprimento.
Nesta quinta-feira, os professores vão se reunir em uma nova assembleia. Como não houve avanço nas negociações nos últimos dias, os educadores devem votar a continuidade da paralisação.
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Sind-UTE e deputado denunciam intimidação por parte da polícia
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