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Estado de Minas

Promotor vai recorrer da absolvição de Bola sobre morte de carcereiro

Para o representante do MP, a defesa intimidou os jurados durante os três dias de sessão de julgamento dizendo que Bola é um exímio atirador


postado em 09/11/2012 12:05

O promotor Henry Wagner Vasconcelos afirmou nesta sexta-feira que vai recorrer da absolvição do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. O réu foi livrado pelos jurados da culpa pela morte do carcereiro Rogério Martins Novelo, ocorrida em maio de 2000. Segundo o representante do Ministério Público, mesmo absolvido, Bola continua atrelado ao processo e há expectativa de aceitação do recurso e marcação de novo Tribunal de Júri para o caso.

De acordo com Vasconcelos a defesa intimidou os jurados durante os três dias de sessão de julgamento dizendo que Bola é um exímio atirador e mostrando a presença do filho dele no tribunal, jovem que foi treinado pelo pai para ter as mesmas habilidades como atirador. Conforme o promotor, os jurados tiveram acesso à imagens da audiência em que foram mostradas pessoas ligadas a Bola fortemente armadas, outro sinal que Vasconcelos considerou como intimidação.

Durante três dias de julgamento, acusação tentou mostrar o histórico criminoso de Bola e apontá-lo como autor do crime contra o carcereiro. O promotor leu o depoimento da irmã da vítima, que testemunhou o assassinato, mostrou aos jurados a reconstituição do crime e o retrato falado do autor. No entanto, os defensores insistiram na tese de que Bola, como ex-policial, teria escolhido outra arma para o crime.

No dia do crime, a vítima estava dentro de uma Kombi quando foi abordada pelo matador. O atirador chegou a cerca de um metro do veículo e disparou três vezes. Um tiro acertou o vidro do carro dois atingiram o carcereiro, que chegou a perseguir o bandido. Para a defesa, se Bola foi contratado para matar, atiraria na cabeça e com possibilidade mínima de errar o alvo, dada a sua habilidade.

Durante o processo, Bola foi reconhecido pela irmã da vítima, que testemunhou o crime, depois que a imagem dele foi veiculada em diversas emissoras de TV e em jornais pelo suposto envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno. Essa mulher não compareceu ao julgamento, e o reconhecimento que constava no processo não foi suficiente para convencer os jurados.

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