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Estado de Minas MERCADO DE TRABALHO

Profissionais com habilidades digitais e humanas são requisitados para superar crise gerada pelo COVID-19

Transformação digital tem demandado colaboradores com competências específicas, que vão além de conhecimentos técnicos


postado em 05/05/2020 15:10 / atualizado em 05/05/2020 15:22

A capacidade de aprender é uma das principais competências exigidas dos profissionais digitais, diz Erika Braga, diretora de RH da PwC Brasil(foto: PWC Brasil/Divulgação)
A capacidade de aprender é uma das principais competências exigidas dos profissionais digitais, diz Erika Braga, diretora de RH da PwC Brasil (foto: PWC Brasil/Divulgação)


A necessidade de reinventar o modelo de negócio, frente à crise gerada pela pandemia de COVID-19, levou muitos empresários a acelerar o processo de transformação digital nas empresas. Se antes havia resistência de setores tradicionais em mergulhar de cabeça na inovação, agora o cenário impôs essa necessidade.

Porém, para que a transformação digital seja usada como uma estratégia efetiva de sobrevivência, há uma demanda crescente por profissionais com competências e habilidades específicas.

Pesquisa feita pela PwC Brasil mostra que 59% dos CEOs brasileiros estão extremamente preocupados com a falta de profissionais com domínio de habilidades digitais no mercado.

Ao contrário do que se imagina, as habilidades digitais vão muito além de conhecimentos técnicos e passam também pelo desenvolvimento de competências psicológicas e comportamentais.

A capacidade de aprender, por exemplo, é uma das principais competências exigidas dos profissionais digitais. Segundo Erika Braga, diretora de RH da PwC Brasil, o ambiente digital tem como característica a interação das pessoas por meio da tecnologia e, por isso, "a tendência é de que os profissionais sejam mais cobrados em termos de inteligência emocional, resiliência, capacidade de planejamento e liderança."

Segundo Erika Braga, o profissional não precisa saber de tudo, mas deve ser capaz de aprender. Ela afirma também que é necessário desenvolver competências, que não podem ser replicadas pelas máquinas.

Segundo pesquisa da PwC, feita com cerca de 1.200 líderes e RH de empresas, 87% dos entrevistados consideram o desenvolvimento de habilidades humanas como uma das principais competências para preparar as organizações para o futuro.

Nesse cenário, a diretora de RH da PwC aponta que desenvolver uma mentalidade digital depende, em grande parte, da capacidade de trabalhar em grupo. A afirmação é reforçada por 80% dos profissionais do mercado, que dizem saber da importância do trabalho em equipe e da colaboração para fortalecer o trabalho no futuro, segundo estudo da consultoria.

A executiva ressalta também a importância de as empresas saberem se colocar no lugar do cliente, "o que somente um ser humano pode fazer".

Instituição financeira contrata profissionais de TI

O Mercantil do Brasil é um dos exemplos de que a demanda por profissionais com habilidades digitais está em constante ascensão. O movimento de mudança, provocada pela transformação digital, levou o banco a buscar a implantação da cultura de agilidade e inovação em todos os setores. 

Segundo o diretor-executivo de tecnologia da instituição, Lauro Wilson, o banco está investindo em novos profissionais na área para trabalhar na capital mineira. "Estamos aumentando a força da tecnologia da empresa, trazendo mais profissionais para somar talentos e turbinar a nossa transformação digital" 

Os interessados em trabalhar na área de TI do banco podem se cadastrar pelo site mb.b.br/mercantilTI.

Qualificação digital de jovens para o mercado de trabalho

A qualificação das pessoas para a economia digital é urgente e essencial, alerta Fábio Cajazeira, líder de clientes e mercados da PwC Brasil(foto: PWC Brasil/Divulgação)
A qualificação das pessoas para a economia digital é urgente e essencial, alerta Fábio Cajazeira, líder de clientes e mercados da PwC Brasil (foto: PWC Brasil/Divulgação)


Liderança (22%), pensamento analítico e inovação (19%), processamento de informações e dados (16%). Segundo uma pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), essas são as principais habilidades que os jovens desejam ter para ajudá-los a conseguir emprego na próxima década.

Os dados, coletados com cerca de 40 mil jovens por todo o mundo, impulsionaram a formação de uma parceria entre a PwC e o Unicef, que estão unindo forças para ajudar a capacitar esses jovens para o desenvolvimento das habilidades desejadas e necessárias para o trabalho no futuro.

A parceria entre a PwC e o Unicef vai apoiar a Plataforma de Revolução de Requalificação do Fórum Econômico Mundial, da qual ambos são fundadores e que — reunindo órgãos públicos, privados e a sociedade civil — visa proporcionar melhores oportunidades de empregos e educação para as pessoas.

Com a parceria multissetorial "Generation Unlimited", a PwC e o Unicef vão ajudar 1,8 bilhão de jovens na transição da escola para o trabalho até 2030.

"A qualificação das pessoas para a economia digital é urgente e essencial para lidarmos com os atuais e futuros desafios do mercado de trabalho. O objetivo da PwC é fomentar a discussão e contribuir para a solução desse problema crítico, alcançando o maior número possível de pessoas, com o objetivo de garantir empregos e evitar o aumento das desigualdades de oportunidades e de renda", afirma o líder de clientes e mercados da PwC Brasil, Fábio Cajazeira.

As constatações que impulsionaram a colaboração entre PwC e Unicef surgiram a partir de uma pesquisa on-line com cerca de 150 países em fevereiro de 2020. As respostas revelaram que muitos jovens percebem que sua educação atual não os prepara com as habilidades necessárias para conseguir emprego.

Um terço (31%) dos jovens participantes, que responderam por meio da plataforma U-Report do Unicef, dizem que as habilidades e os programas de treinamento oferecidos a eles não correspondem às suas aspirações profissionais, enquanto mais de um terço dos entrevistados (39%) dizem que os empregos que procuram não estão disponíveis em suas comunidades.

Além disso, uma pesquisa global da PwC (23ª Pesquisa Anual Global de CEOs) mostrou que 74% dos CEOs do mundo todo afirmaram estar preocupados em encontrar as habilidades adequadas para a expansão de seus negócios.

"Os jovens desejam desenvolver habilidades digitais para serem bem-sucedidos no mercado de trabalho do futuro", diz a diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore. "Essa necessidade crucial só pode ser atendida por meio da contribuição de parceiros públicos e privados em todo o mundo. É por isso que estamos trabalhando com parceiros como a PwC para oferecer oportunidades de crescimento pessoal e prosperidade para jovens de todos os lugares."

Todos os meses, 10 milhões de jovens chegam à idade ativa, a maioria deles provenientes de países de baixa e média rendas. De acordo com uma pesquisa global ("Pathways from School to Work in the Developing World"), os jovens nesses países levam em média cerca de um ano e meio para entrar no mercado de trabalho e impressionantes quatro anos e meio para encontrar seu primeiro emprego decente.

Essa situação pode se deteriorar ainda mais se não for devidamente tratada, com até 40% dos empregos atualmente ocupados por jovens de 16 a 24 anos sendo avaliados como em risco de serem substituídos pela automação em meados da década de 2030, de acordo com a pesquisa Will robots really steal our jobs?, da PwC.

"Acreditamos que as empresas e suas lideranças têm a responsabilidade de contribuir para solucionar o gap de qualificação digital dos cidadãos, inclusive atuando nas comunidades em que atuam", afirma Fábio Cajazeira.
 


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