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Estado de Minas Especial educação

Espaço de experimentação


09/02/2020 04:00 - atualizado 10/08/2020 16:21

Para a diretora da Scuola Materna da Fundação Torino, Magda Casarotti, a educação do século 21 deve estimular competências individuais e coletivas das crianças(foto: Jair Amaral/em/d.a press)
Para a diretora da Scuola Materna da Fundação Torino, Magda Casarotti, a educação do século 21 deve estimular competências individuais e coletivas das crianças (foto: Jair Amaral/em/d.a press)


Um time diferenciado de professores, propostas pedagógicas inovadoras e o tripé família, alunos e escola. Esses são alguns dos passos fundamentais apontados por alguns diretores de instituições de educação infantil de Belo Horizonte para alcançar a excelência no ensino.
 
Magda Casarotti é diretora da Scuola Materna da Fundação Torino, na Região Centro-Sul de BH, e define o ensino infantil no século 21 como algo pautado sob o prisma da tecnologia digital, responsável por imprimir uma velocidade exponencial às mudanças. “O passado já não é mais bússola para o presente. Se a mudança é constante e o caminho é desconhecido, a educação do século 21 deverá preparar nossas crianças para essa realidade de muita adaptação e experimentação”, diz.
 
A valorização e o estímulo de competências individuais e coletivas das crianças – com destaque para os aspectos socioemocionais – estão sendo considerados os grandes propulsores para uma interação menos robotizada e mais colaborativa entre homem e máquina. “O paradoxo é justamente este: foco em um convívio futuro maior com as máquinas.”
 
Na Fundação Torino, os alunos da educação infantil são inseridos em uma proposta pedagógica ampla – que inclui aulas de programação (coding) e o Makerspace (um espaço que promove a criatividade, a inovação e a experimentação). “Para que isso seja possível, é predecessor que os professores passem por capacitações, pois eles são os criadores dessas novas propostas pedagógicas”, explica Magda. “As novas tecnologias surgem o tempo todo e devem ser utilizadas, sim, para colaborar com o processo de construção do aprendizado. Não podem, jamais, ser substitutas das tradicionais brincadeiras, das atividades físicas, do contato com a natureza e das interações sociais, tão importantes para o desenvolvimento das crianças.”

TRIPÉ A diretora comenta que é impossível separar todos os atores de uma cena educacional de excelência. Famílias, instituição e educadores também estão inseridos neste contexto de mudanças que demanda uma evolução constante da prática pedagógica. Segundo a especialista, hoje proliferam especialistas, revistas, livros sobre a “arte de educar”, mas “não podemos nos esquecer de que educar é tirar, lá de dentro de cada um de nossos alunos, suas capacidades para viver todo o potencial em seu contexto social. Só assim podemos criar práticas coerentes e aderentes à realidade”.
 
“Isso requer criatividade, um pensamento inovador e muita parceria com as famílias, que precisam estar em constante diálogo, seja com a escola, seja com os próprios filhos. Esse diálogo vai permitir a abertura do pensamento e o trânsito mais fluido entre as várias situações dessa criança no mundo”, define.
 
 
Foco no brincar
 
Conhecer metodologias de ensino diversificadas, estar atualizado quanto às tecnologias disponíveis para a educação e acessar todo o conhecimento do ponto de vista humano fornecido pela psicologia, pedagogia, neurociência e também pelos novos conhecimentos teóricos a respeito dos processos de aprendizagem. Com base nessa proposta, a Rede Batista de Educação investe na utilização do ato de brincar para mediar a produção de conhecimento.
 
De acordo com Sandra Beconha, diretora do Colégio Batista Mineiro/ Unidade BH Floresta – Séries Iniciais, esse é um brincar para gerar conhecimento não só acadêmico e científico, como também conhecimento de mundo, do próprio eu, das próprias interações sociais, dos próprios sentimentos. “É um brincar permeado por estratégias em que o professor identifica possibilidades de aprendizado para as crianças”, explica.
 
“Assim, o educador potencializa o ato de brincar, o que tem sido inovador. Nessa visão, a criança é vista como ser ativo e participativo; ela é um ser único, com características próprias, com interações próprias e com leituras de mundo específicas de sua faixa etária. Nesse contexto, o professor deve conhecer todos esses aspectos da criança para, então, interagir e viabilizar o aprendizado da criança.”

INVESTIMENTO Na visão da especialista, o pedagogo, para estar na sala, não basta ter uma graduação. É preciso também investir na pós-graduação, no mestrado e assim por diante. “Por isso, a própria Rede Batista fez um grande investimento na formação de sua equipe, oferecendo pós-graduação na área de neurociência aplicada à educação e na área da gestão da sala de aula baseada em habilidades e competências. Isso fortaleceu a equipe docente e a equipe técnica formada por pedagogos e coordenadores.”
 
Na unidade Floresta, Região Leste da capital, a Rede Batista tem cerca de 1,5 mil estudantes do berçário ao 5º ano.
 
Para ‘pensar fora da caixa’, a instituição alinha parceria e diálogo. “A família precisa entender a proposta de trabalho da escola para que possa reforçar e legitimar o que está sendo produzido em sala de aula. Isso contribui para que haja efetivamente qualidade no aprendizado. Se queremos um aprimoramento da qualidade educacional com vistas para o que o futuro vai exigir, a criança deve perceber no entorno dela um discurso coerente e um ambiente acolhedor, estimulador e desafiador.”
 
Para isso, a Rede Batista de Educação oferece um ambiente amplo, rico e com estímulos variados que convidam a criança a descobrir os espaços físicos, a literatura, os idiomas e a construir laços afetivos consistentes e saudáveis. Na Escola de Pais, são abordados temas que atendem à necessidade da família e, prioritariamente, à necessidade do estudante. Isso tem sido feito com a contribuição de profissionais reconhecidos em suas áreas de atuação.
 
Assim, a escola faz um papel social, trabalhando as competências com as famílias para que elas possam lidar com o estudante e potencializá-lo para o aprendizado e para o futuro.  


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