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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Educação alimentar deve ser acompanhada por pais e escolas

Uma alimentação saudável auxilia nos processos de aprendizagem, como memória, concentração e foco


postado em 28/10/2019 15:22 / atualizado em 28/10/2019 15:49

Alunos do Colégio Piedade durante atividade na cantina da escola(foto: Colégio Piedade/Divulgação)
Alunos do Colégio Piedade durante atividade na cantina da escola (foto: Colégio Piedade/Divulgação)

A educação alimentar na escola, além de ser importante para a saúde e o bom desenvolvimento dos estudantes, influencia no aprendizado e na vida futura de alunos. Apesar da resolução que proibia a venda de alimentos com alto teor de calorias, gorduras, açúcar, sal ou com poucos nutrientes dentro e fora das escolas ter sido vetada, muitas escolas vêm priorizando uma alimentação mais saudável e consciente.
 
Gabriela Siqueira, coordenadora pedagógica do Colégio Olimpo, ressalta que a alimentação dos alunos é uma grande preocupação da escola, principalmente daqueles que permanecem em período integral. “Compreendemos que a alimentação é uma questão que perpassa todo o processo de desenvolvimento do aluno e que, para além da função nutritiva, a alimentação, especialmente no ambiente escolar, tem uma função fundamental no processo de socialização”, pontua.
 
Ela reforça o poder de nutrientes específicos para auxiliar nos processos de aprendizagem. “Crianças mal alimentadas terão maior dificuldade na realização das atividades propostas. Já uma alimentação saudável faz com que o aluno adoeça menos, falte menos às aulas e, ainda, tenha um melhor desempenho”, diz.
 
No Colégio Piedade, a alimentação faz parte do planejamento pedagógico desde o maternal. Nessa fase, os alunos aprendem sobre alimentação e hábitos saudáveis brincando. De acordo com Érika Brasil, coordenadora pedagógica do infantil integral da escola, os pequenos aprendem sobre alimentos por meio da curiosidade e da exploração das cores, formas, cheiros, texturas e sabores de frutas, verduras e legumes. “A maior queixa por parte da família é a rejeição em simplesmente experimentar o alimento. Com o projeto, os alunos são estimulados a sentir as sensações dos alimentos, seja para saber se um pepino é doce, salgado, azedo ou porque veem o coleguinha experimentando.”
 
A coordenadora pedagógica frisa que os alunos aprendem na prática e de forma lúdica não só a importância do consumo consciente e de hábitos mais naturais, mas também sobre a relação nutricional e a trabalhar utilizando produtos menos industrializados e mais orgânicos. “A cenoura, por exemplo, os alunos já sabem sua cor e sua forma, mas por que ela faz bem? Introduzimos os conceitos das vitaminas e, assim, estimulamos as crianças a investigar os benefícios dos nutrientes para o corpo”, destaca. Esses processos fazem com que os alunos aprendam desde cedo que uma boa alimentação nutritiva traz também efeitos para o organismo, como a diminuição dos risco de doenças e sedentarismo.

FAMÍLIA De acordo com Gabriela Siqueira, para incentivar e ajudar na formação do paladar das crianças, é importante valorizar e ofertar uma variedade de alimentos ricos e nutritivos dentro e fora da escola. “Se os filhos percebem que os pais não têm preocupação com a alimentação, crescem com o mesmo pensamento e dificilmente terão um estilo de vida saudável”, avalia.
 
Davi sempre foi muito ruim pra comer desde quando era bebê, mas no decorrer de seu crescimento fui insistindo e não desisti de ensiná-lo a ter uma boa alimentação Daniela Soares, mãe do aluno Davi Soares, do 6º ano do Colégio Olimpo(foto: Arquivo Pessoal)
Davi sempre foi muito ruim pra comer desde quando era bebê, mas no decorrer de seu crescimento fui insistindo e não desisti de ensiná-lo a ter uma boa alimentação Daniela Soares, mãe do aluno Davi Soares, do 6º ano do Colégio Olimpo (foto: Arquivo Pessoal)

 
A administradora Daniela Soares, mãe do aluno Davi Soares, do 6º ano do Colégio Olimpo, conta que nem sempre é fácil promover uma alimentação saudável com o filho. “Davi sempre foi muito ruim pra comer desde quando era bebê, mas no decorrer de seu crescimento fui insistindo e não desisti de ensiná-lo a ter uma boa alimentação”, conta.
 
Para isso, ela usa do diálogo para criar hábitos saudáveis no filho e sempre o aconselha sobre a importância de se alimentar bem e dos males decorrentes de uma má alimentação na vida “Que apesar de não gostar de muitas coisas, assim mesmo ele come”, afirma. Um exemplo prático na criação de novas rotinas dentro e fora de casa é do consumo de doces e refrigerantes. “Doce só nos fins de semana e refrigerante há mais de dois anos não consumimos. Ele reclama um pouco, mas já acostumou e aceita.”

* Estagiário sob a supervisão da 
editora Teresa Caram


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