Foto mostra exploração de lítio

Exploração de lítio: expectativsa de geral 13 mil empregos indiretos no Vale do Jequitinhonha

Sigma Lithium/divulgação
 

 

A exploração do lítio trouxe a esperança da transformação do Vale do Jequitinhonha, com a geração de emprego e renda numa região historicamente marcada pela pobreza. Além do impacto na economia, a atividade mineral já traz benefícios para a melhoria da qualidade dos moradores do vale.

 

Responsável pelo empreendimento, a empresa Sigma Lithium, que tem capital canadense, anunciou a  criação de um instituto voltado para empoderar economicamente as mulheres, pessoas LGBTQIAP+, povos tradicionais e minorias na região. Também  implantou um projeto voltado para o apoio e liberação de microcrédito para pequenos negócios tocados por mulheres da região. Outra inciativa é uma ação para mitigar os efeitos da seca histórica que castiga o Jequitinhonha.

 

O lítio é um mineral que serve como matéria-prima polivalente, empregada, por exemplo, em baterias de diferentes usos, incluindo a de veículos elétricos, apontados como o futuro da indústria automobilística.

 

Conforme mostrou reportagem do Estado de Minas, a planta de Sigma para a extração do lítio, instalada entre os municípios de Araçuaí e Itinga, ao longo de 10 anos, já recebeu investimentos da ordem de R$ 3 bilhões.

 

Até agora, o empreendimento já gerou 1 mil empregos. A estimativa é de geração direta de 1500 vagas, com 70% da mão-de-obra selecionada entre moradores da região e criação de 13 mil postos indiretos de trabalho. A região também vive a esperança de afastar de vez o fantasma da miséria e de dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) local.

 

Em abril deste ano Sigma Lithium iniciou a retirada do lítio da mina entre Araçuaí e Itinga. No dia 27 de julho passado, a empresa realizou, no Porto de Vitória, o primeiro embarque produzido pelo Jequitinhonha, apelidado de “vale do lítio”, destinado à China.  Foram embarcadas 15 mil toneladas de lítio e 15 mil toneladas de subprodutos processados na planta da companhia. O material foi enviado para  fabricantes de baterias para veículos elétricos.

 

De acordo com a empresa, foi o carregamento do primeiro “lítio verde do mundo”, uma vez que sua produção conta com “zero carbono, zero rejeitos, zero químicos nocivos”, com uso de energia exclusivamente renovável e 100% de água reutilizada.

 

De acordo com a empresa, a entidade terá como uma de suas prioridades “empoderar economicamente as mulheres, pessoas LGBTQIAP e todas as minorias e povos originais, promovendo a igualdade de gênero e respeito aos direitos humanos”.

 

O Instituto Lítio Verde, informa a companhia, terá o seu patrimônio constituído por doações dos acionistas da Sigma Lithium, destinando do 1% líquido do seu royalty mineral (NSR) constituído em 2017 (“Royalty do Acionista”).  De acordo com a mineradora, o Royaltu do Acionista terá um aporte de mais R$ 500 milhões ao longo da vida útil do projeto de exploração do lítio no Jequitinhonha.

O patrimônio do Instituto foi construído via doação pelos acionistas da Sigma Lithium de seu royalty mineral de 1% líquido (“NSR”) constituído em 2017 (“Royalty do Acionista”). Este Royalty do Acionista representará um aporte inicial de mais de R$ 500 milhões ao longo da vida útil do projeto da Sigma Lithium.

Outra meta é “desenvolver os serviços de educação e saúde pública; aumentar a segurança hídrica, ampliando o acesso à água potável”. Em relação à escassez hídrica, a mineradora anunciou também o projeto "Seca Zero”, com visando amenizar os efeitos das estiagens prolongadas para os pequenos agricultores  de Araçuaí.

 

Segundo a empresa, serão construídas 2 mil barraginhas de captação de água da chuva, beneficiando 10 mil pessoas. O objetivo é garantir água no período crítico da seca. Até agora, do total planejado, já foram construídos 900 reservatórios na região. A empreendedora anunciou que também se compromete a doar 3 mil caixas d'água para os moradores das comunidades vizinhas de sua planta. 

Crédito para negócios de mulheres 

Uma das ações implementadas pela mineradora por meio do Instituto Lítio Verde  é o Programa “ Dona de Mim”, desenvolvido em parceria com o Grupo Mulheres do Brasil. A inciativa auxilia  equenas empreendedoras a alavancar negócios com o acesso ao auxílio do microcrédito de R$ 2 mil por dois anos.

 

Os empréstimos são liberados com empréstimos a juros de 0,5% ao mês e carência de seis meses para começar a pagar, oferecendo orientação presencial e plataforma de cursos online de capacitação. Segundo a companhia, a meta do programa é beneficiar 10 mil mulheres empreendedoras no Vale do Jequitinhonha.