Vice-presidente Geraldo Alckmin

Correio Braziliense e Conselho Nacional do Sesi realizam debate sobre a reforma tributária

(Ed Alves/CB)

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (4/8) que o governo estuda aumentar o percentual de álcool na mistura com gasolina vendida nos postos, de 27% para 30%.

“A ideia é passar para 30%. Vamos ter a gasolina mais limpa do mundo, além do carro flex, com etanol e gasolina”, anunciou durante agenda em Passo Fundo (RS), onde participou do anúncio de construção de uma nova usina de etanol.


Também foi anunciado o financiamento de até R$ 20 bilhões, pelos próximos quatro anos, para investimentos em pesquisa e inovação de biocombustíveis. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é a principal instituição financiadora.


Os investimentos fazem parte da estratégia para ampliar o uso de combustíveis limpos no Brasil. Alckmin lembrou que o avanço da política de estímulo à produção de biodiesel é prioridade do governo e que prevê a inclusão de um ponto percentual ao ano de biodiesel misturado ao combustível fóssil até chegar a 15% (B15) em 2026. Atualmente essa mistura está em 12%.


De acordo com a empresa Be8, que anunciou a construção da primeira usina de etanol no Rio Grande do Sul, o investimento será de R$ 556 milhões e a unidade deverá estar pronta no segundo semestre de 2025. Devem ser produzidos também farelos a partir do processamento de cereais como milho, e trigo.


Segundo Alckmin, “o Brasil tem a oportunidade de se tornar líder na produção de combustíveis para aviação”, numa corrida com países como os Estados Unidos para suprir uma transformação energética do setor. “O biodiesel agrega valor, gera emprego, produz ração, produto médico, glicerina. Uma série de produtos dessa grande indústria. Além de tornar o diesel menos poluente, salvar o meio ambiente e a saúde”, destacou.

O vice-presidente ainda destacou o papel do Brasil no cenário mundial de mudanças climáticas, citando o compromisso com o desmatamento zero da Amazônia e com a descarbonização do planeta. “Precisamos agora ter mercado em carbono regulado. Isso é importante e vai impulsionar investimentos. A transição energética vai atrair muito investimento e gerar emprego e desenvolvimento. Um exemplo está aqui: esta é a nova industrialização, vindo ao encontro do combate às mudanças climáticas.”