Imagem de notas de dinheiro sendo contadas

Os dados apontam que a recuperação de crédito entre os consumidores de 65 e 95 anos aumentou 149,72%

José Cruz/Agência Brasil


Pessoas idosas foram as que mais quitaram suas dívidas em junho segundo levantamento produzido pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Os dados apontam que a recuperação de crédito entre os consumidores de 65 e 95 anos aumentou 149,72%.

Isso significa dizer que de cada 30 devedores nessa faixa de idade, 15 regularizaram seus débitos que estavam em atraso. A instituição ressalta que mesmo com os custos elevados para essa faixa de idade, eles foram os que mais regularizaram suas dívidas.

"Fatores como a antecipação do 13º salário, a renda estável proveniente da aposentadoria aliada ao fato de terem mais experiência e disciplina financeira contribuíram para o crescimento de pessoas, nesta faixa etária, regularizando as dívidas”, explicou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Outro fator indicado pelo dirigente é que esse elevado número de dívidas quitadas entre os idosos se dá pelo fato de que o valor médio dos débitos é menor quando comparado com a de outras faixas etárias. Enquanto a deles é de R$ 2.497,18, a dos consumidores de outras idades é de R$ 4.548,83.

Débitos ainda em atraso

Diferentemente dos idosos, outras faixas de idade não foram tão comprometidas com a regularização de dívidas. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de regularização de dívidas caiu 19,62%. Na visão do presidente da CDL/BH, a maior parte dos jovens fica inadimplente devido ao fato de ter poucos conhecimentos sobre educação financeira e algumas novidades trazidas pela entrada no mercado de trabalho.
O comportamento de outras faixas etárias teve um comportamento de crescimento na regularização de dívidas e foram distribuídas da seguinte forma: de 50 a 64 anos (crescimento de 21,65%); 40 a 49 anos (14,86%); 30 a 39 anos (3,87%) e 25 a 29 anos (0,75%).

Expectativa de crescimento

Se o índice de regularização de dívidas de junho de 2023 for comparado com o mesmo período no ano passado, o crescimento desse fator foi de 15,01%. Marcelo de Souza e Silva destacou alguns pontos que podem ter influenciado esse aumento.

“Este crescimento nos mostra que a entrada de renda extra na economia como o 13º salário, aliado a melhora no mercado de trabalho, tem influência positiva na recuperação de dívidas em atraso. A tendência é que para os próximos meses com o programa Desenrola Brasil, a entrada de capital extra na economia via antecipação do 13º salário e a redução da taxa de juros, o número de regularização de dívidas continue a apresentar melhora", afirmou.