Banco Central

Diretor ressaltou o papel do Pix como instrumento de inclusão financeira no país.

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Mauricio Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central (BC), afirmou durante a segunda live semanal da instituição que não há intenções de finalizar o sistema de pagamentos instantâneos Pix ou de taxar essas transações. Moura também ressaltou o papel do Pix como instrumento de inclusão financeira no Brasil.

O diretor do BC esclareceu que o Pix não é um projeto governamental, mas sim um serviço criado pela própria instituição, responsável por integrar 45 milhões de brasileiros ao sistema de transações eletrônicas. "O Pix é um patrimônio dos brasileiros", declarou Moura.
A segunda live do BC teve como tema a inclusão e a educação financeira. Moura reforçou a necessidade de monitorar os indicadores de inclusão financeira, que também têm impacto na concorrência bancária, e elogiou o nível atual de inclusão financeira no país, mencionando que quase todos os adultos brasileiros possuem conta bancária.

Em relação à educação financeira, o diretor do BC frisou a importância de avançar no assunto, citando o programa Aprender Valor, desenvolvido com estudantes da rede pública de ensino. Moura também alertou para golpes relacionados ao Sistema Valores a Receber (SVR) e enfatizou que nem o BC nem os bancos solicitam informações como senhas dos clientes.
 

Moura não revelou a estratégia da gestão das reservas internacionais ao responder a uma pergunta sobre a quantidade de ouro na composição das reservas durante a live. Segundo ele, divulgar detalhes da estratégia de gestão, como compras ou vendas de ouro e moedas, poderia resultar em negócios desfavoráveis para o BC, cujo objetivo é proteger as reservas, um ativo estratégico do país.

O diretor explicou que a decisão de não abordar inflação, regime de metas e expectativas de mercado na segunda live do BC ocorreu devido à proximidade com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Como o Copom se reunirá nos dias 20 e 21 de junho, Moura justificou que não seria adequado tratar do tema inflação nesta semana, mesmo que o período de silêncio ainda não tenha começado. O período de silêncio do Copom se estende desde a quarta-feira da semana anterior à reunião até a divulgação da ata na terça-feira subsequente ao encontro.