Café

Discussão ocorreu durante o 9º Coffee Dinner & Summit.

Tulio Santos/Esp. EM
No 9º Coffee Dinner & Summit, promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) em São Paulo, o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), enfatizou o crescente interesse da China no consumo de café, abrindo oportunidades para o mercado brasileiro. Segundo o deputado, que visitou a China recentemente, o país asiático está disposto a receber mais café brasileiro.

Lupion observou que, diferentemente do que acontecia com a tradição do chá, atualmente é fácil encontrar cafeterias na China. Márcio Ferreira, presidente do Cecafé, também destacou o potencial de crescimento do mercado chinês e mencionou que as exportações do Brasil para a China aumentaram de 100 mil para 500 mil sacas de 60 kg de café por ano. Ele reforçou o compromisso do Cecafé em promover o café brasileiro globalmente, inclusive na China, e defendeu o uso de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para ampliar a divulgação do produto.
 

Durante o evento, Pedro Lupion abordou os desafios que o setor agropecuário enfrenta, desde questões ideológicas e políticas até aspectos econômicos. Ele mencionou importantes votações no Congresso relacionadas ao agronegócio, como o Projeto de Lei 490/07, que estabelece o marco temporal na demarcação de terras indígenas, e o novo marco legal dos defensivos agrícolas (PL 1459/2022), já aprovado pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado e aguardando votação no plenário.

O deputado também ressaltou a importância do debate sobre a Reforma Tributária e defendeu a necessidade de alíquotas diferenciadas, isenção tributária nas exportações e valorização do ato cooperativo para evitar a bi-tributação. Além disso, Lupion mencionou que os recursos para o Plano Safra 2023/24 serão apresentados em breve, destacando que a FPA e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimam a necessidade de R$ 25 bilhões para equalizar taxas de juros, enquanto o Ministério da Agricultura sugere R$ 17 bilhões. Ele argumentou pela busca de um valor ao menos de R$ 20 bilhões.