O investidor brasileiro mantém um perfil conservador, no entanto, a tecnologia vem conquistando cada vez mais espaço no mercado financeiro. Isso é o que aponta uma pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha.

A 6ª edição do Raio X do Investidor revela que o uso de aplicativos se tornou a principal forma de investimento no país, com um aumento de 33% em 2021 para 43% em 2022, superando a preferência por visitas presenciais aos bancos.

O estudo mostra que as classes A/B e C, influenciadas principalmente pela geração Z e millennials, lideram essa mudança de comportamento, que foi intensificada durante a pandemia. No entanto, a crescente facilidade de investir pela internet exige atenção à segurança dos dados.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) informa que os bancos investem cerca de R$ 35 bilhões anualmente em tecnologia, sendo 10% desse valor destinado à cibersegurança.

Os investidores devem estar atentos à conexão com a internet, aos dispositivos utilizados para acessar os aplicativos e ao fornecimento de informações pessoais.

A pesquisa da Anbima mostra que o percentual de investidores cresceu em todas as gerações entre 2021 e 2022. Cerca de 33%, ou quase 55 milhões de pessoas, pertencem à geração X (idade entre 41 e 60 anos).

O maior aumento de investidores ocorreu na faixa da geração Z (entre 16 e 25 anos), que também é a que mais busca a digitalização para investir. Os bancos tradicionais ainda são os mais lembrados e mencionados espontaneamente por cerca de 8 em cada 10 brasileiros, enquanto os bancos digitais por cerca de 1 em cada 4.

A poupança segue como o produto financeiro mais familiar do brasileiro, com aumento de 11% em 2021 para 20% em 2022. Investir em ações na bolsa de valores vem em seguida.

Os dados foram coletados entre 9 e 29 de novembro de 2022, por meio de 5.818 entrevistas presenciais, com nível de confiança de 95% e margem de erro de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.