O fenômeno da volta do emprego perdeu ritmo no Brasil durante o trimestre de agosto a outubro, como informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem, após as vagas terem crescido 1,3% entre maio e julho, acréscimo de 1,2 milhão de pessoas ocupadas no país, o aumento verificado de agosto a outubro foi de 0,5%, cerca de 470 mil pessoas a mais. Com isso, o contingente de trabalhadores ocupados passou de 93,6 milhões entre maio e julho para 94,1 milhões entre agosto e outubro.
Com o fôlego menor da expansão das oportunidades de trabalho, a taxa de desocupação ficou estável em 11,6% entre os meses de agosto e outubro deste ano, atingindo 12,4 milhões de pessoas. Houve uma redução insignificante de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre que vai de maio a julho, quando a taxa estava em 11,8%, e por isso foi desconsiderada pelo IBGE.
Por outro lado, a taxa de subutilização da força de trabalho (indicador que representa soma dos desempregados, subocupados e aqueles que desejam trabalhar, mas não encontraram a oportunidade) foi 0,8 ponto percentual menor que no trimestre móvel anterior, passando de 24,6% para 23,8%, o que representa quase 1 milhão de pessoas a menos. Ainda assim, são 27,1 milhões de pessoas nessa condição no Brasil.