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Estado de Minas TRABALHO E RENDA

Um Brasil de desiguais

Disparidade social cresce no país com mais informalidade e inflação maior para os pobres, que perderam 1,4% da renda entre abril e junho. Ganho dos ricos subiu 1,5%


postado em 19/09/2019 04:00 / atualizado em 18/09/2019 21:43


 
Universo maior de trabalhadores se vê obrigado a fazer bicos para sobreviver, apurando rendimento que nem sequer chega a um salário mínimo(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press %u2013 9/1/17)
Universo maior de trabalhadores se vê obrigado a fazer bicos para sobreviver, apurando rendimento que nem sequer chega a um salário mínimo (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press %u2013 9/1/17)






Brasília – As famílias de renda muito baixa no Brasil foram prejudicadas com recuo de 1,4% nos seus rendimentos médios reais, ou seja, descontada a inflação, no 2º trimestre de 2019. Enquanto isso, o segmento mais rico da população obteve ganho salarial de 1,5% no período, o que evidencia o aumento da desigualdade no país. O levantamento dos dados foi divulgado ontem na seção de Mercado de Trabalho da Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério da Economia.

A técnica de planejamento e pesquisa do Ipea Maria Andreia Parente disse que a desigualdade ocorreu devido à composição de dois movimentos distintos. O primeiro é que, de fato, os brasileiros em domicílios de renda mais alta tiveram reajustes nominais de salários maiores. O segundo fator está na inflação medida entre abril e junho, que foi mais alta para as famílias de menor poder aquisitivo.

No segundo trimestre do ano, houve impacto maior dos reajustes nas contas de energia elétrica, das tarifas de ônibus e dos medicamentos para as pessoas de renda mais baixa. “Em 2019, a gente teve alta de preços em itens que pesam muito na cesta de consumo dos mais pobres, e isso ajuda a explicar porque essas famílias tiveram queda de salário”, disse Maria Andreia Parente.

O trabalho informal também fez aumentar a desigualdade. De acordo com a técnica do Ipea, o trabalhador que se enquadra na faixa de salários de até menos de um salário mínimo, em geral, é o informal e está no que se chama de bico e, por isso, tem os menores ganhos salariais.

Desemprego 

Também no segundo trimestre de 2019, na comparação com o mesmo período do ano anterior, apesar de ainda persistir em patamar elevado, o desemprego diminuiu em termos absolutos na faixa de trabalhadores mais jovens, passando de 26,6% para 25,8%. O estudo mostra que diferentemente de trimestres anteriores, quando a queda da desocupação entre os jovens decorria, em especial, da contração da força de trabalho, de abril a junho ocorreu, por causa da expansão de 1,7% da ocupação, houve melhora da situação da população ocupada com idade de 18 a 24 anos.

Andreia Parente observou que o mercado de trabalho melhora como um todo para todas as faixas, mas teve reflexo mais positivo entre os mais jovens. Para a técnica do Ipea, é um crescimento forte que não tinha sido registrado em vários trimestres. “Isso acontece porque esse trabalhador, como foi mais penalizado na crise, participava de um contingente muito grande de desocupados. Com a melhora do mercado de trabalho, essa população tem conseguido retornar. A gente ainda tem um contingente grande de jovens desocupados, mas a situação no segundo trimestre para esse grupo foi mais favorável”, disse.

O segmento dos trabalhadores com mais de 60 anos foi o único que não apresentou recuo na taxa de desocupação, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. A despeito da elevação da taxa em 5,3%, essa faixa da população ocupada ainda apresentou avanço de 0,4 ponto percentual na taxa de desemprego. Subiu de 4,4% para 4,8%. Na comparação com o ano passado, a desocupação dos trabalhadores que tem idade entre 25 e 39 anos e entre 40 e 59 anos passou de 11,5% e 7,5%, respectivamente, em 2018, para 11,1% e 7,2%, neste ano. (Com Agência Brasil)
Juarez Rodrigues/EM/D.A Press – 9/1/17
Universo maior de trabalhadores se vê obrigado a fazer bicos para sobreviver, apurando rendimento que nem sequer chega a um 
salário mínimo

"Em 2019, tivemos alta de preços em itens que pesam muito na cesta de consumo dos mais pobres, e isso ajuda a explicar a queda dos salários”

Maria Andreia Parente, 
técnica de planejamento e pesquisa do Ipea 
 


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