A Cultura Ballroom é muito mais que uma festa. O movimento é uma forma de resistência para a população LGBTIQIA .
O Ballroom surgiu na comunidade negra latino-americana queer de Nova York dos anos 60 e se espalhou pelo mundo como uma celebração de diversidade de gênero, sexualidade e raça.
Nos “bailes” acontecem competições de dança, performance e vestuário. A mais famosa categoria chama-se “vogue”, criada na década de 90 e popularizada pelo clipe da música homônima de Madonna.
Belo Horizonte, que detém o título de ‘capital do vogue’, é uma refêrencia na Cultura Ballroom nacional e internacional. O BH Vogue Fever, evento que acontece anualmente, é uma prova da potência belo-horizontina quando se trata do assunto. Idealizado por Tetê Moreira, Paula Zaidan e Raquel Parreira, — também conhecidas como ‘Trio Lipstick’ — foi primeiro festival de vogue no Brasil, e que atraiu artistas internacionais.
“Essa homenagem, na verdade, é um reconhecimento para uma comunidade que, mesmo sem recursos ou visibilidade, tem fomentado a cultura e resistência LGBTI na nossa cidade”, disse a vereadora Iza Lourença. “Pessoas que sofrem todos os dias com a violência e opressão simplesmente por ser quem são, encontram no espaço da ballroom a liberdade de poder explorar seu potencial e celebrar a nossa diversidade”.