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Estado de Minas POLÊMICAS NA HISTÓRIA BRITÂNICA

Críticos destacam colonização e violência no reinado de Elizabeth II

Junto às declarações de tristeza e admiração depois da morte da Rainha Elizabeth II, internautas lembram passado colonizador da Inglaterra


09/09/2022 11:18 - atualizado 09/09/2022 14:12

Imagem da coroação de Elizabeth II
Rainha Elizabeth II era chefe de estado de 14 países além do Reino Unido. Na imagem usa a coroa e o cetro com o diamante Cullinan (foto: MailOnline/Reprodução)


Na quinta-feira (08/09), foi anunciada a morte da Rainha Elizabeth II, monarca que reinou por mais tempo no trono britânico, sete décadas. Apesar de várias demonstrações de tristeza pela morte da rainha e de admiração pela sua trajetória, críticos não hesitaram em apontar que os 70 anos de governo de Elizabeth também foram marcados pelo colonialismo e opressão de diversos países.







  

Passado colonizador

A Inglaterra é o país que mais invadiu e colonizou territórios ao redor do mundo. Dos 80 países que estavam sob seu domínio, 66 hoje são totalmente independentes e 14 ainda tem o monarca inglês como chefe de estado, são eles: Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Antígua e Barbuda, Bahamas, Belize, São Vicente e Granadinas, Granada, Jamaica, Papua Nova Guiné, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, Ilhas Salomão e Tuvalu.

 

Grande parte do enriquecimento da Inglaterra como nação foi por meio da exploração de recursos naturais, em especial a mineração de pedras preciosas, no continente africano.A extração das riquezas usava exploração da mão de obra local e ocasionava conflitos entre ingleses e africanos.

 

A primeira colônia a conquistar a independência foi Gana em 1957. O processo de descolonização dos países africanos foi marcado pela luta e pela violência. Além disso foi durante o reinado de Elizabeth II que boa parte do regime Apartheid, que segregava sistematicamente brancos e negros na África do Sul, se desenrolou. Muitos dos países colonizados pela Inglaterra sofrem com a miséria, a pobreza e da desigualdade social.

 

Conflitos e violência envolvendo as forças armadas britânicas também ocorreram na Índia, colônia inglesa até 1947, quando o país conquistou a independência. Um exemplo é o Massacre de Jallianwala Bagh, conflito entre tropas do Raj Britânico e manifestantes que reivindicavam a independência da Índia. O conflito resultou em um assassinato em massa na cidade de Amritsar, localizado no norte da Índia, em 1919.

Grande estrela da África

Montagem com imagens do cetro e da coroa britânica com as duas maiores gemas lapidadas do diamante Cullinan
Cetro e coroa com as duas maiores gemas lapidadas do diamante Cullinan, também conhecido como 'Grande Estrela da África' (foto: The Royal Collection Trust)


A página Africa Archives fez uma publicação nesta quinta-feira (08/09) afirmando que o diamante presente no cetro e na coroa da Rainha foi roubado da África do Sul. A publicação viralizou e a informação foi republicada na internet em todo o mundo.

 

“A rainha Elizabeth II possui o maior diamante lapidado do mundo Conhecido como 'A Grande Estrela da África', a gema de 530 quilates foi extraída na África do Sul em 1905. Foi roubada da África do Sul. Seu valor estimado é de US$ 400 milhões”, afirma a publicação.

 

“Os britânicos afirmam que foi dado a eles como um símbolo de amizade e paz, mas foi durante o colonialismo. Os britânicos então substituíram o nome 'A Grande Estrela da África' %u200B%u200Bpelo nome do Presidente da Mina 'Thomas Cullinan'", completa uma segunda publicação.

O diamante em questão seria o Diamante Cullinan, também conhecido como 'Grande Estrela da África', que foi partido em diversas partes para integrar as joias reais britânicas. O fragmento maior foi lapidado para compor o cetro e o segundo maior foi colocado na coroa usados por Elizabeth II em sua coroação. Atualmente, ambos os objetos estão em exposição na Torre de Londres.

 

*Estagiária sob a supervisão de Márcia Maria Cruz 


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