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Estado de Minas CANDIDATO

Sérgio Camargo é exonerado da Fundação Palmares para se candidatar

Ao longo dos dois anos em que esteve à frente da autarquia, ele se posicionou contra o movimento negro e desmontou políticas públicas para quilombolas


31/03/2022 10:56 - atualizado 31/03/2022 11:35

Sérgio Camargo usa terno azul marinho e gravata
Sérgio Camargo mudou a logomarca da Fundação Palmares por alegar que havia relação com o machado de Xangô (foto: Agência Brasil)

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, foi exonerado nesta quinta-feira (31/3) depois de dois anos à frente da pasta no governo de Jair Bolsonaro. Depois de se filiar ao partido do presidente, o PL, Camargo dá indícios de que deve se candidatar a algum cargo político nas próximas eleições.
 
À frente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo adotou medidas polêmicas. Ele propôs a mudança do logotipo da  autarquia, alegando na época que fazia referência ao candomblé. Durante sua gestão, praticamente zerou o processo de reconhecimento de territórios quilombolas, uma atribuição da autarquia.

Jornalista,  ele se apresenta como negro de direita e apoiador incondicional de Bolsonaro. "Negros honrados apoiam Bolsonaro", afirma.

Em 3 de dezembro de 2020, sob a orientação dele, a fundação retirou homenagens a 27 personalidades, entre elas Elza Soares, Martinho da Vila, Milton Nascimento e Gilberto Gil, as escritoras Conceição Evaristo e Sueli Carneiro, o atleta Joaquim Carvalho Cruz e a ambientalista Marina Silva. 
 
Ele adotou posições polêmicas no perfil das redes sociais. Um dos episódios foi afirmar que uma academia foi "racista contra pessoas brancas". O posicionamento de Camargo foi contra uma campanha da academia realizada no mês da consciência negra. Também usou a rede para atacar a jornalista Maju Coutinho, dizendo que ela era uma "preta de coleira". Diante da polêmica, ele apagou a publicação.

Camargo também foi indiciado pelo Ministério Público do Trabalho por ser acusado de praticar assédio moral contra os funcionários da Fundação de Palmares.  

Exonerações

Outros integrantes do governo Bolsonaro deixaram o cargo, entre eles o secretário da Cultura, Mário Frias. 

Outros nove ministros deixaram os cargos para se candidatar.  A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves e a ministrao da Agricultura Tereza Cristina devem concorrer ao Senado.
 
Devem concorrer ao governo, o ministro de Infraestrutura Tarcísio de Freitas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determina que quem deseja se candidatar nas próximas eleições devem deixar os cargos até 2 de abril. 

 


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