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Estado de Minas DIPLOMACIA

Primeira vez: conheça os diplomatas brasileiros negros em Washington

Diplomatas negros representam 5% dos 1.537 diplomatas brasileiros


21/09/2021 12:18 - atualizado 21/09/2021 14:22

Jackson Luiz Lima Oliveira, Marise Ribeiro Nogueira e Ernesto Batista Junior em Washington, EUA
Jackson Luiz Lima Oliveira, Marise Ribeiro Nogueira e Ernesto Batista Junior em Washington, EUA (foto: Fabíola Góis)

O Brasil enviou, pela primeira vez na história, três diplomatas negros a Washington, nos Estados Unios. Os embaixadores são Marise Ribeiro Nogueira, Jackson Luiz Lima Oliveira e Ernesto Batista Mané Júnior.

Estima-se que apenas 5% dos 1.537 diplomatas brasileiros na ativa sejam negros. Os cargos diplomáticos em uma das capitais mais importantes do mundo é inspiração para jovens negros que sonham com a carreira.

Os três ingressaram no Itamaraty por meio do Programa de Ação Afirmativa (PAA), criado em 2002 e coordenado pelo Instituto Rio Branco. A iniciativa visa contemplar candidatos negros com uma bolsa de R$30 mil para se prepararem para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD).

Marise, nascida no Rio de Janeiro, foi a primeira contemplada pelo programa a ser aprovada no CACD. Hoje ela ocupa o cargo de conselheira, dois abaixo do de embaixadora, no setor de Direitos Humanos e Cidadania. Formada em medicina, a bolsa do PAA possibilitou que estudasse inglês, francês e finalizasse o mestrado.

Ernesto nasceu em João Pessoa e depois de ser garçom, professor de inglês, programador e pesquisador ele seguiu suas duas paixões: física e diplomacia. O diplomata é doutor em física nuclear pela Universidade de Manchester, tem dois pós-doutorados (um  pelo Laboratório de Física Nuclear e de Partículas do Canadá e outro pela Universidade Princeton, nos EUA). Ele atua como pesquisador no Cern. Devido à formação em física nuclear Ernesto, atua na área de desarmamento e não-proliferação de armas de destruição em massa.
 

Jackson Luiz é natural de Santo Antônio de Jesus, na Bahia, e antes de ingressar na carreira diplomática, foi ajudante de pedreiro até se formar em letras-inglês pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Além de servir na Nigéria e na Zâmbia, Jackson foi assessor no Departamento da África do Itamaraty.
 
Atualmente faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA). Ele trabalha com temas relacionados ao desenvolvimento integral e faz mestrado na Universidade George Mason sobre paz e resolução de conflitos.  
 
*estagiária sob a supervisão de Márcia Maria Cruz 


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