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Estado de Minas CINEMA

Filme 'She said', sobre caso Harvey Weinstein, estreia em novembro nos EUA

Atriz Ashley Judd, que rejeitou o assédio sexual do produtor, faz o papel dela mesma. Longa mostra como jornalistas desmascararam o homem forte de Hollywood


18/10/2022 04:00 - atualizado 17/10/2022 23:56

Atrizes Carey Mulligan e Zoe Kazan conversam, na redação de jornal, durante cena do filme She said
Carey Mulligan e Zoe Kazan interpretam Megan Twohey e Jodi Kantor, repórteres do New York Times (foto: Universal/reprodução)

 
AFP
Um filme sobre o caso Harvey Weinstein e, sobretudo, homenagem ao jornalismo investigativo e às mulheres que tiveram a coragem de falar. Esta é a premissa de “She said”, que retrata o amplo trabalho que impulsionou o movimento #Metoo há cinco anos, apresentado no Festival de Cinema de Nova York.

Weinstein, ex-poderoso produtor de cinema americano de 70 anos, foi condenado, em 2020, a 23 anos de prisão por estupro e agressões sexuais por um tribunal de Nova York.

No filme de Maria Schrader, Ashley Judd, que veio a público denunciar Weinstein, interpreta seu próprio papel de atriz que recusou a chantagem do produtor e pagou caro por isso durante sua carreira.

“É muito importante ter nossa verdade e ter a consciência tranquila sobre nossa história”, afirmou ela. Distribuído pela Universal Pictures, o filme tem Brad Pitt entre seus produtores. Poderá ser visto nos cinemas dos Estados Unidos a partir de 18 de novembro e em seguida na Europa.
 
Com vestido florido, atriz Ashley Judd fala durante palestra
Ashley Judd foi prejudicada profissionalmente após recusar assédio de Harvey Weinstein (foto: Johannes Eisele/AFP/2019)
 

Reportagem rompeu silêncio

Em 5 de outubro de 2017, após meses de trabalho, a reportagem de Jodi Kantor e Megan Twohey foi publicada pelo The New York Times e rompeu o silêncio das mulheres, iniciando o movimento contra a violência sexual #MeToo, que foi além do cinema.

“She said”, adaptado do livro homônimo das duas jornalistas premiadas com o Pulitzer, não se preocupa em absoluto com as repercussões da investigação.

Ao estilo de “Todos os homens do presidente” (1976), sobre o escândalo do Watergate, e de “Spotlight”, sobre casos de pedofilia na Igreja Católica nos EUA, o filme é o reconhecimento ao trabalho paciente e sagaz das jornalistas investigativas.

Cerca de meio século depois de a dupla do The Washington Post, Carl Bernstein e Bob Woodward, ser representada por Dustin Hoffman e Robert Redford em “Todos os homens do presidente”, duas repórteres e mães confrontam poderosos com a ajuda essencial da editora Rebecca Corbett e o apoio incondicional do chefe de redação Dean Baquet.

“Uma das razões pelas quais nos sentimos tão honradas por este filme é que ele resume nosso ideal de jornalismo”, explicou Jodi Kantor. “Faz tempo que somos jornalistas, mas o caso Weinstein, de alguma forma, destaca tudo em que acreditamos.”

A dupla é vivida por Zoe Kazan, que interpreta Jodi Kantor, e Carey Mulligan, que representa Megan Twohey.







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