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Estado de Minas TRUE CRIME

Internet descobre quem é Jeffrey Dahmer com série da Netflix

O serial killer matou 17 pessoas entre 1978 e 1991. Dahmer aparece como personagem de diversas músicas pop e virou até tatuagem


30/09/2022 17:40 - atualizado 30/09/2022 17:40

Jeffrey Dahmer
Jeffrey Dahmer foi condenado por matar 17 homens e garotos entre 1978 e 1991 (foto: Reprodução)
A série ‘Dahmer: o canibal americano’ estreou na Netflix no dia 21 de setembro. Ela é protagonizada por Evan Peters e está, desde o dia do seu lançamento, no topo da lista de mais assistidos da plataforma de streaming.

 


A produção conta a história de Jeffrey Dahmer, um dos maiores serial killers da história americana. Entre 1978 e 1991, ele matou 17 homens e garotos, além de praticar canibalismo e necrofilia com suas vítimas. Conhecido como “o canibal de Milwaukee”, Dahmer conheceu suas vítimas em boates e as levava para sua casa, onde as drogava e mantinha relações sexuais com o cadáver. Ele também esquartejava os restos mortais e usava a carne humana como ingrediente em pratos elaborados. 


Com a popularidade da série, jovens de todo o mundo descobriram que o assassino aparece em diversas músicas da cultura pop. Confira algumas.

‘Dark horse’ - Katy Perry e Juice J

Katy Perry em Dark Horse
Katy Perry está sendo criticada nas redes sociais por citar Dahmer em uma música lançada em 2013 (foto: Reprodução/ YouTube)

 

Um dos maiores hits da carreira de Katy Perry, “Dark Horse'', lançada em 2013, é uma colaboração com o rapper Juice J.  No início da rima do seu convidado, ele canta “she’s a beast / I call her Karma / She eats your heart out like Jeffrey Dahmer” (“ela é uma fera / Eu a chamo de carma / Ela come o seu coração como Jeffrey Dahmer).


A descoberta fez com que parte dos internautas cancelassem a diva pop e outra parte defendesse, já que a música foi lançada há quase uma década.

 

‘Cannibal’ - Ke$ha

Outra cantora que teve um hit resgatado foi Ke$ha. Lançada em 2010, a letra de “Cannibal” fala de uma mulher que “come corações de homens no café da manhã”. Mas não é só essa referência ao serial killer canibal: “Be too sweet, and you’ll be a goner/ I’ll pull a Jeffrey Dahmer” (seja muito doce e você será um caso perdido/ Eu vou me transformar em Jeffery Dahmer), diz outra parte da letra. 


Em vídeos que circulam nas redes sociais, Ke$ha aparece fazendo uma performance da música em um show. Um dançarino segura um coração, ela pega a imitação do órgão e bebe um líquido vermelho de dentro dele, simulando sangue. A apresentação está sendo criticada por internautas.

 

 

‘213’ - Slayer

Se Dahmer é citado por Ke$ha e Katy Perry, ele é personagem principal da música “213”, da banda Slayer. Lançada em 1994, a canção tem referência ao número do apartamento em que o serial killer cometeu a maior parte dos crimes. 


Em uma letra polêmica, a canção fala de necrofilia e canibalismo. “Primitive instinct a passion for flesh/ Primal feeding on the multitudes of death/ Sadistic acts a love so true/ Absorbingly masticating a part of you” (Instinto primitivo, uma paixão por carne/ Alimento primordial nas multidões da morte/ Atos sádicos, um amor tão verdadeiro/ Impressionantemente mascando uma parte sua), diz um trecho da canção.

 

Outras músicas

Outras bandas e cantores também se inspiraram na história do canibal americano, mas com menos menções nas redes sociais. É o caso do grupo Soulfly, que tem uma música entitulada “Jeffrey Dahmer”. “Stalking victims through the night/ Dismember every body part/ Stalking killing in the night/ Consuming every body part” (perseguindo vítimas durante a noite/ Desmembrando cada parte do corpo/ perseguindo, matança na noite/ Consumindo cada parte do corpo), canta a banda em um trecho.


O Pearl Jam também cita o assassino em “Dirty Frank”. A canção foi inspirada no motorista do ônibus de turnê da banda. Em uma entrevista, os integrantes do grupo disseram que Frank era um pouco esquisito e, em uma brincadeira, sugeriram que ele provavelmente era um serial killer que comia gente. 


“Dirty Frank Dahmer, he's a gourmet cook/ Got a recipe for famous ankle soup/ Wanted a pass, so she relaxed/ Now the little groupie's getting chopped up in the back” (Frank "Sujo" Dahmer é um cozinheiro gourmet, yeah/ Eu tenho uma receita para uma sopa anglo saxã/ Ela só queria entrar, então relaxou/ Agora a pequena groupie está sendo fatiada nos fundos), começa a música. 


Já o rapper Eminem cita Dahmer em cinco músicas: “Bagpipes from Baghdad”, “Brainless”, “Must Be The Ganja”, “Psycopath Killer” e “Things Get Worse”. Nas redes sociais, internautas questionam porque somente Ke$ha e Katy Perry estão sendo canceladas por fazerem referência ao serial killer.

Tatuagem

Tatuagem Dahmer
Britnee teve que fechar suas redes sociais após o lançamento de 'Dahmer: o canibal americano', já que os usuários criticavam sua tatuagem com o rosto do serial killer (foto: Reprodução/ redes sociais)
 

A internet também resgatou a história da australiana Britnee Chamberlain, que gastou R$ 11 mil para tatuar o rosto de Dahmer e de Ted Bundy, outro serial killer e predador sexual. Ao lado do rosto do canibal, está a frase “se não pode vencê-los, coma-os”; já do Bundy, a frase “eu não sinto culpa por nada. Sinto pena das pessoas que sentem culpadas”. 


A jovem de 28 anos foi notícia no final de 2021 ao divulgar os desenhos e voltou a ser criticada após o lançamento da série. Britnee se pronunciou e disse que não concorda com os crimes, mas que as tatuagens são uma forma de liberdade de expressão. “Isso não quer dizer que eu imagino as coisas da maneira que ele faz. Mas, metaforicamente falando, é sobre não se sentir perseguida e derrotada pelos outros, não importa o quão difícil sejam as coisas para você”, disse, em entrevista ao jornal Daily Star. 

‘Dahmer: o canibal americano’

cena da 'Dahmer: o canibal americano'
Evan Peters como Dahmer na produção da Netflix (foto: Reprodução / Netflix)
 

 

A série apresenta, em 10 episódios, os crimes do serial killer e explora questões como racismo, homofobia, prostituição e discriminação. Assinada por Ryan Morphy, famoso por dirigir séries como ‘American horror story’, ‘The Ratched’ e ‘Glee’, a produção conta com Evan Peters, Richard Jenkins e Molly Ringwald no elenco.

 

A classificação indicativa é 18 anos e está disponível na Netflix.

True crime

As obras baseadas em crimes reais têm ganhado público dentro e fora do país. Em artigo publicado no Jornal USP, da Universidade de São Paulo, o pesquisador André Komatsu apontou o que desperta interesse por esse tipo de produção. 


“Tem gente que está ali para ver estratégias de sobrevivência que possam ser úteis em uma situação extremamente improvável de acontecer na vida pessoal da maior parte das pessoas”, afirma.


Ainda segundo o especialista em psicologia, o fenômenos está ligada no interesse por entender as características da personalidade do criminoso, a busca por justiça social e o envolvimento com a morte, algo que pode ser intrínseco ao ser humano. 


No mesmo artigo, o pesquisador Marcelo Nery, doutor em psicologia, apontou que o gênero pode apresentar alguns problemas, como a espetacularização da vida alheia e a confusão entre dramatização e realidade. Ele também chama a atenção para como a produção pode fazer com que o público sinta empatia e até identificação com o criminoso. 

 

 


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