(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MÚSICA

Duo Rodrigo Mendonça e Flávio Danza se apresenta hoje no CCBB-BH

Vencedora do Prêmio BDMG Instrumental, dupla terá como convidado o pianista André Mehmari. Show desta quarta-feira (14/9) tem entrada franca


14/09/2022 04:00 - atualizado 13/09/2022 23:03

O violonista Flávio Danza e o flautista Rodrigo Mendonça
O violonista Flávio Danza e o flautista Rodrigo Mendonça iniciaram a carreira musical em Poços de Caldas, no Sul de Minas (foto: Elcio Paraíso/divulgação)

Provocações, piadas e, convenhamos, algumas pequenas invejas sempre deram tempero à relação entre cariocas e paulistas. Por mais que se negue a contenda, as duas partes gostam de alimentar o conflito. Alheio a isso, Minas Gerais é reconhecido como o estado hábil em aparar arestas. Que o digam os músicos Rodrigo Mendonça e Flávio Danza.

O paulista e o carioca se encontraram em Poços de Caldas, no Sul de Minas. Lá, resolveram formar a banda Guaimbê em meados do ano passado, ainda em plena pandemia. Deu certo: o grupo venceu concursos regionais e se apresentou em diferentes cidades do interior mineiro. Nos ensaios, entretanto, o carioca e o paulista perceberam forte afinidade musical entre os dois. Por que não montar um duo?
 
Flávio, especialista em violão de sete cordas, chamou Rodrigo, que toca flauta transversal e saxofone, para gravar um vídeo no formato on-line, que virou febre durante a pandemia – “cada um no seu quadrado”, como define o violonista. O colega aceitou, mas protelou para mandar sua parte.

“Enquanto ele não me enviava, comecei a compor a música ‘Dois rios', que posteriormente seria o nome do nosso álbum”, conta Flávio Danza.

O start com 'Dois rios"

E e nada de Rodrigo enviar o vídeo prometido. Flávio decidiu dar uma cutucada no colega, dizendo que havia feito uma música enquanto esperava pelo colega. Rodrigo escutou “Dois rios” e, na hora, animou-se com a ideia do duo. Compôs a linha de flauta da nova música e das demais que constam no álbum da dupla.

Assim como a banda criada em Poços de Caldas, o duo deu certo. No início deste ano, ele se inscreveu no BDMG Instrumental e foi o vencedor do prêmio, que traz Flávio e Rodrigo nesta quarta-feira (14/9) à noite ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB-BH).

“Vamos fazer um show com repertório 90 por cento autoral. A única música que não é nossa será ‘Síntese”, do Quarteto Novo”, adianta Rodrigo, citando o grupo formado por Hermeto Pascoal, Theo de Barros, Heraldo do Monte e Airto Moreira, criado inicialmente para acompanhar Geraldo Vandré na década de 1960.
 
OUÇA 'Dois rios' com o duo Rodrigo Mendonça e Flavio Lanza:
 
 

A afinidade entre os dois é tão grande que na hora de escolher o convidado, o primeiro nome que passou pela mente de ambos foi o do pianista André Mehmari.
 
“As referências que eu e o Rodrigo temos são muito parecidas. E o André é, de fato, uma referência mútua”, afirma Flávio Danza. “Sem contar que no show desta quarta-feira, ele vai trazer uma sonoridade a mais com o piano. Afinal, nossas músicas são apenas com violão e flauta”, completa Rodrigo Mendonça.

Mehmari vai apresentar três músicas com a dupla: “Luz da primavera” e “Céu e sonho”, de autoria do duo, e “Síntese”, de Heraldo do Monte, que foi gravada pelo Quarteto Novo.

Música para ouvir e 'assistir'

O duo já tem planos para este ano. O principal é o álbum audiovisual com algumas das apresentações que fizerem ao longo deste trimestre. Se depender da animação do flautista e do violonista, o lançamento será ainda em 2022 – no mais tardar, no início de 2023.

“Nosso primeiro projeto também foi lançado em audiovisual de modo que a pessoa, além de escutar, pudesse assistir”, ressalta Flávio. “Música instrumental deve ser sentida, e não acompanhada só pela escuta. Além disso, no palco, tem aquele lance olho no olho entre a gente. Uma conexão mesmo, que faz toda a diferença”.

Por isso, completa Rodrigo, não faz sentido gravar álbum de estúdio, pois em grande parte das vezes, os músicos que tocam juntos nem sequer se encontram.

Flávio Danza e Rodrigo Mendonça sabem que viver de música no Brasil não é fácil. Viver de música instrumental, então... Para ambos, a arte, que os dois fazem questão de definir como realização pessoal, se sobrepõe ao dinheiro e a interesses comerciais.

“Nosso objetivo é comover as pessoas, criar com elas uma conexão forte e maravilhosa. E isso eu consigo fazer com a música instrumental”, avalia Flávio. Rodrigo diz que a ausência de letras permite que o instrumento fale. “É com ela (música instrumental) que consigo dar voz ao saxofone e à flauta transversal. É por meio dela também que consigo falar com o coração”, garante o flautista.

RODRIGO MENDONÇA E FLÁVIO DANZA

Nesta quarta-feira (14/9), às 20h30, no Teatro 1 do CCBB-BH. Praça da Liberdade, 450, Funcionários, (31) 3431-9400. Entrada franca, mediante retirada de ingressos na bilheteria ou pelo site bb.com.br/cultura.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)