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Estado de Minas STREAMING

Apple lança amanhã (5/8) 'Luck', seu primeiro longa-metragem de animação

Em trama otimista, a garota Sam e o gato preto falante Bob vivem aventuras na Terra da Sorte. Diretor é o ex-chefe da Pixar, que admitiu assediar equipe


04/08/2022 04:00 - atualizado 04/08/2022 07:35

A personagem Sam observa duas meias de pares distintos em cena de Luck
A garota Sam e seu gato preto falante Bob vivem aventuras na Terra da Sorte no longa-metragem de animação "Luck", que a Apple lança amanhã (foto: Apple/Divulgação)

Como todo bom filme de animação, "Luck" traz uma premissa otimista: por piores que sejam as circunstâncias, algo de bom acabará acontecendo.

É o que a Apple TV+ espera que aconteça com John Lasseter, o ex-guru da Pixar que pediu demissão em meio a denúncias de assédio sexual na época do movimento #MeToo, assumindo depois a direção da novata Skydance Animation.

"Luck", o primeiro filme do estúdio e que chegará ao streaming nesta sexta-feira (5/8), conta as aventuras de Sam, de 18 anos, e do gato preto falante Bob, na fantástica Terra da Sorte (Land of Luck).

Neste lugar, a boa e a má sorte do mundo são produzidas por criaturas mágicas, incluindo duendes, dragões, unicórnios e goblins, que então as enviam para a Terra.



No original, o filme conta com as vozes de Simon Pegg, Whoopi Goldberg e Jane Fonda, além da estrela do teatro Eva Noblezada, que interpreta Sam, a menina mais azarada do mundo.

Animação

Mas o elenco sofreu uma baixa inicial, quando Emma Thompson anunciou que estava fora do projeto em 2019, ao publicar uma carta no jornal “Los Angeles Times” que apontava a contratação de Lasseter como motivo de sua saída. Foi uma decisão sobre a qual outros atores refletiram. 

Simon Pegg afirmou que "inicialmente" teve suas dúvidas, antes de decidir continuar com o projeto. "Acho perigoso cancelar as pessoas imediatamente se houver uma responsabilidade (pelos atos), se elas reconhecerem, se aceitarem", disse.

Lasseter foi responsável por transformar a Pixar de um pequeno departamento de animação da Lucasfilm no estúdio de animação mais bem-sucedido do mundo, com produções como "Toy Story". 

No entanto, ele foi acusado de assédio em 2017, em meio ao movimento #MeToo, que expôs a cultura machista enraizada na indústria cinematográfica e televisiva em Hollywood.

Então presidente do poderoso estúdio, Lasseter pediu desculpas a "quem recebeu um abraço indesejado" e por falhar em garantir uma cultura de "confiança e respeito".

Ele pediu demissão no ano seguinte, reconhecendo em um memorando interno que havia feito a equipe se sentir "desrespeitada e desconfortável". 

Várias fontes afirmaram que Lasseter bebia muito em eventos sociais da empresa e tentava beijar mulheres, colocar as mãos em suas coxas e abraçá-las em reuniões. 

Em sua carta, Emma Thompson chamou o caso de Lasseter de "complicado". Depois da contratação pela Skydance, a atriz afirmou que "todo funcionário da Skydance que não queira lhe dar uma segunda chance deve ficar e suportar seu desconforto ou perder o emprego".

Para Pegg é importante que Lasseter tenha "admitido a responsabilidade pelas coisas das quais foi acusado". "Estamos todos condenados se formos banidos por coisas das quais nos arrependemos e pelas quais pedimos desculpas, desculpas sinceras. Esta é a coisa mais importante", afirma.

Whoopi Goldberg foi mais sucinta ao expressar sua opinião sobre o episódio: "Todo mundo erra em algum momento". 


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